terça-feira, 30 de junho de 2009

Ritmo na Terceira Idade, com a visita das crianças.




A rítmica como envolvência no dia-a-dia dos idosos é uma actividade extremamente importante. As pessoas libertam-se à medida que vai decorrendo os jogos rítmicos, chegando alguns a atingirem momentos de rara alegria e felicidade.
Foi o que aconteceu hoje na Segurança Social na Quinta São Miguel na Venda Nova. Uma demonstração das potencialidades da bateria, instrumento de percussão que muito agradou aos utentes.
Foi um prazer

João Silva

segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Seven Up, e o regresso das caravelas.




Regressadas as caravelas agora resta-nos conquistar o céu. O tal céu aberto na terra que Camões fala na ilha dos amores e que Agostinho da Silva tão bem desenvolve quando evoca os portugueses.
Os portugueses de hoje são os mesmos que descobriram outrora os caminhos do mar, por isso devem continuar a ser como os seus antepassados , poetas.
Essa gente que somos nós, com todo o seu poder de improviso e desenrascanço ,e que hoje não consegue acertar o paço com esta sociedade importada ,globalizada , que nos oferece tudo feito para cada vez menos se pensar.
A Seven up não foi uma bebida feita para ser misturada no vinho .Mas os portugueses não a consomem como ela queria, mas sim com a criatividade de a misturarem (se quiserem) com o vinho.
É esta a nossa marca ,que em breve vai acertar o andar com as forças do espaço e do tempo.
Um céu aberto na terra está a chegar.


João Silva

O Estado Novo, e uma ideia de Portugal




Década de 50. Estamos no auge da propaganda promovida pelo regime conservador que governou Portugal durante 41 anos.Tal como nos tempos que correm, vivia-se na altura na ideia de que Portugal era um País pequeno , como se os países fossem grandes ou pequenos pela sua área.
Certo dia porem, Henrique Galvão (que viria mais tarde a insurgir-se contra Salazar liderando o assalto ao paquete Santa Maria ,e que depois o baptizou de Santa Liberdade ) decide demonstrar outra ideia bem diferente . Produz então este mapa onde mostra as áreas as colónias Portuguesas sobrepostas aos países da Europa. Com todo o Império concentrado no velho continente as fronteiras de Portugal chegariam até à Rússia!!!

João Silva


domingo, 28 de junho de 2009

Tempos de Ser Deus







Agostinho da Silva
Tempos de Ser Deus.A Espiritualidade Ecuménica de Agostinho da Silva
Autor: Paulo Borges




As comemorações do Centenário do nascimento de Agostinho da Silva, a nível nacional, lusófono e internacional, estão a sensibilizar-nos para a mensagem desassossegadora e libertadora deste grande despertador de consciências, que viu como a transformação profunda, a que aspira a insatisfação de hoje e de sempre, não deriva tanto das condições externas quanto da profunda mutação daquilo que é o próprio âmago do nosso ser e de toda a realidade - o espírito ou a mente -, de cuja metamorfose, individual e colectiva, depende toda a regeneração e aperfeiçoamento das nossas vidas, em todas as suas dimensões: ética, estética, intelectual, social, política e económica.É como contributo para essa desejável metamorfose que publicamos aqui três estudos cuja unidade reside na expressão de três aspectos fundamentais da espiritualidade de Agostinho da Silva: a sua visão do absoluto ou de Deus como “Nada que é Tudo”, a relação entre criatividade e mística e a sua original leitura do Espírito Santo como igualmente presente no íntimo de todos os homens e de toda a experiência religiosa, agnóstica e ateia, fundando um ecumenismo verdadeiramente universal onde todas as religiões, agnosticismos e ateísmos possam dialogar, como vias igualmente válidas para essa experiência culminante que descreve como a plena realização de si ou o “ser Deus”.

http://www.ancora-editora.pt/

José Craveirinha - Quero ser tambor


Quero ser tambor (excerto)



..."Oh,velho Deus dos homens
eu quero ser tambore
nem rio e nem flore
nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando a canção da força e da vida
só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh, velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!


JOSÉ CRAVEIRINHA - Moçambique

sábado, 27 de junho de 2009

O mundo voltou a rodar







O ateliê começa a ser organizado. O mundo começa a girar.

É entre o silêncio e a tela em branco
Que guardo a respiração entre pincéis
A tinta desliza, como uma pomba
A representar o Espírito Santo
Depois a inquietação, sempre a inquietação
Olho, salto de silêncio em silêncio
Novamente,o recomeço que já começou
É neste espaço
Que me cabe o mundo.

João Silva 09

Arno Stern e o Projecto 12-15









A organização do ateliê segundo Arno Stern é uma das minhas ideias para trabalhar no Projecto 12-15 para o ano.
A importância deste projecto passar a ter um espaço/atelier é enorme. O pedido está feito, vamos ver se conseguimos.

Arno Stern
Artista plástico francês que dedicou a vida de artista a ensinar crianças.
Ele considerava que nem todos os artistas tinham vocação para ensinar expressão plástica. Não estudou arte, mas ensinava porque achava que tinha vocação para ensinar.
Outro aspecto que Arno Stern fala, são as técnicas. Ele diz que o educador nunca deve ensinar pela teoria, mas sim pela prática. Através dos próprios erros, ela vai aprender. Na criança ensina-se primeiro a prática e depois a teoria. Ex: quando se pinta na horizontal, a tinta escorre, e ela pergunta ao professor porquê. Mas ele não responde. Tem a ver com a quantidade de água. Ela tem de saber por experiência própria que a tinta com muita água, escorre.


João Silva

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Manuel Amegre - Coração Polar



Não sei de que cor são os navios
quando naufragam no meio dos teus braços
sei que há um corpo nunca encontrado algures no mar
e que esse corpo vivo é o teu corpo imaterial
a tua promessa nos mastros de todos os veleiros
a ilha perfumada das tuas pernas
o teu ventre de conchas e corais
a gruta onde me esperas
com teus lábios de espuma e de salsugem
os teus naufrágios
e a grande equação do vento e da viagem
onde o acaso floresce com seus espelhos
seus indícios de rosa e descoberta.


Não sei de que cor é essa linha
onde se cruza a lua e a mastreação
mas sei que em cada rua há uma esquina
uma abertura entre a rotina e a maravilha.
há uma hora de fogo para o azul
a hora em que te encontro e não te encontro
há um ângulo ao contrário
uma geometria mágica onde tudo pode ser possível
há um mar imaginário aberto em cada página
não me venham dizer que nunca mais
as rotas nascem do desejo
e eu quero o cruzeiro do sul das tuas mãos
quero o teu nome escrito nas marés
nesta cidade onde no sítio mais absurdo
num sentido proibido ou num semáforo
todos os poentes me dizem quem tu és


Manuel Alegre

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mas talvez se eu for melhor...




O Projecto 12-15 está de férias, mais um ano que acabou. Na minha opinião muito foi feito, temos que estar conscientes que muito foi feito, mas não se pode dormir à sombra desta ideia, porque muito há a fazer e a melhorar.
Este projecto tem ideais tão nobres que não podemos declinar. Acordar estes jovens e fazer passar a mensagem que a vida tem que ter regras, valores, direitos e deveres.
A equipa muitas vezes estava exausta, com problemas que surgiam do nada, e lá estavam as minhas colegas a apagar os fogos que à um minuto atrás não se previam.
Já vivi problemas com os alunos das mais variadas maneiras,posturas violentas,enormes faltas de educação.Nesses momentos uso como arma esta quadra de Agostinho da Silva que gosto muito, e que tento sempre por em prática.

Conheço certo fulano
Que é mau como lacrau
Mas talvez se eu for melhor
Ele se torne menos mau

João Silva

domingo, 21 de junho de 2009

Sol, Djambes e Boas Férias




Dois dias de actuação seguidas, sexta feira na inauguração da Biblioteca Piteira Santos e no Sábado, na festa de final de ano lectivo de todas as escolas do concelho da Amadora , organizado pela C M A .
Muito Sol, muito calor mas uma actuação brilhante com os alunos mais uma vez a representarem bem a EIPDA e o Projecto 12-15.
No final um pouco à imagem do dia anterior actuamos em conjunto com os Bombrando, dando mais uma vez sinais de uma interculturalidade cada vez mais presente.
Agostinho da Silva dizia que é da interculturalidade e do ecumenismo que o mundo se poderia entender, pela nossa parte demos o nosso humilde contributo.
No final um momento estranho. Desloquei-me dentro da camioneta da escola para desejar aos alunos boas férias. Um pediu-me o número do meu TM, outros convidaram-me para ir à praia nas actividades escolares de verão.
Levo-os dentro de mim, mas uma despedida é sempre um corte, prefiro dizer até breve.
Boas ferias para todos.
João Silva

Interculturalidade na inauguração da Biblioteca Piteira Santos











Os Matrecos da orquestra de D´jambes do Projecto 12-15 actuaram na passada sexta -feira na Inauguração da Biblioteca Piteira Santos na Amadora.
Importante foi no final, a actuação conjunta com os Toca a Rufar.
Os alunos levavam escrito nas camisolas além do logótipo da escola a palavra INTERCULTURAL o que fez todo o sentido,pois a junção da precursão portuguesa com as suas caixas e bombos colou muito bem aos D,jambes ,popular tambor africano.
Parabéns aos alunos que representaram muito bem a nome da sua escola.

Piteira Santos nasceu na Amadora em 1918 e faleceu em Lisboa em 1992
Historiador, jornalista e tradutor. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Universidade de Lisboa, foi professor auxiliar convidado da sua Faculdade de Letras, tendo proferido a última lição em 1988.Jornalista do Diário de Lisboa, foi director-adjunto deste jornal durante alguns anos e colaborador até ao seu último número, em 1990. Como tradutor, devem-se-lhe trabalhos importantes, como as versões portuguesas das obras Brasil, de Maurice Le Lannou, A Ciência do Século XX: Descobertas, Aplicações, de Pièrre Rousseau, e A História Começa na Suméria, de Samuel Noah Kramer, ou ainda os quatro volumes de Panorama da Ciência Económica, cuja equipa de tradutores integrou.Filho de um dos revolucionários da República – Vitorino Gonçalves dos Santos –, também ele foi um combatente político, opondo-se à ditadura de Salazar e por tal pagando o seu preço. Ora sendo forçado a assinar uma das suas obras importantes, As Grandes Doutrinas Económicas (1951) com o pseudónimo de Arthur Taylor, ora vendo o seu livro Geografia e Economia da Revolução de 1820 (1962) apreendido pela PIDE. No primeiro caso, o nome do verdadeiro autor manter-se-ia secreto até ao «25 de Abril» e, no segundo, só após esta data foi possível uma nova edição do livro.Colaborou, entre outras, nas revistas Seara Nova, Vértice e Clio, órgão do Centro de História da Universidade de Lisboa.



(Clique para ver as imagens da TV Amadora, onde se pode ver partes da actuação dos nossos D'jambes.)
João Silva






quinta-feira, 18 de junho de 2009

Poesia - Champô de Urtigas


Um dia
Quando se acabarem os recursos naturais
Viver é não estar morto

E quando no duche
Eu lavar a cabeça com champô de urtigas
Aí eu desconfio


Joao Silva 82

Ulisses pelos alunos do Projecto 12-15













Foi representado hoje no auditorio da EIPDA pelos alunos do Projecto 12-15, a peça Ulisses.
Baseada na adaptação de Maria Alberta Meneres, o ritmo da representação correu muito bem.
No final uma boa ovação que deixou contentes alunos e professores ,que se empenharam fortemente para que a peça fosse um exito.
Os cenarios foram tambem pensados e executados com criterio ,tudo da responsabilidade dos alunos.
Parabens a todos.
João Silva

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Amor deita lágrimas quando se emociona ou, O nascimento de uma grande mulher.


Caro professor João Silva,


Aqui vai um pequeno resumo da minha reportagem sobre a doença de Alzheimer, vencedora do Prémio Nacional de Jornalismo Universitário, na categoria de Rádio.Como lhe confidenciei, o meu primeiro contacto com a doença de Alzheimer antecedeu a minha visita ao Centro de Apoio Diurno, da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer, em Alcântara, uma vez que tive um familiar (o meu avô materno) que sofreu durante cerca de 18 anos desta demência e com a qual tive um contacto diário. A escolha do tema esteve, portanto, relacionada com essa anterior ligação com a doença em questão.

Quis transmitir o amor e os laços de afeição que se criam diariamente naquele espaço, entre auxiliares, terapeutas ocupacionais e utentes. Ali estabelecem-se vínculos, existem oportunidades de socialização e de ocupação. O luto diário travado pelos familiares das pessoas com demência é, de certa forma, atenuado. Alzheimer é uma realidade à qual se fecha demasiado os olhos. Devia ser de conhecimento público que esta doença é considerada, actualmente, a principal causa de deterioração cognitiva.

Sabe-se que não tem e que provavelmente nunca venha a ter cura, mas esta demência pode ser vivida de uma forma mais digna pelos doentes. E é essa a tarefa diária daquele centro; os utentes são valorizados e estimulados enquanto pessoas, sendo-lhe concedida dignidade humana. É uma demência contra a qual a equipa técnica trava uma luta diária, em troca de um sorriso ou um olhar que parece dizer apenas “obrigado”.

Não consigo descrever o turbilhão de sentimentos que se apoderou de mim na altura em que o meu nome foi anunciado e o prémio entregue pela Produtora Executiva da Rádio Renascença, Sofia Vieira. Senti-me extraordinariamente realizada por ver o meu trabalho reconhecido não só por profissionais do meio jornalístico, mas também pelas ONG’s presentes e pelos próprios organizadores do prémio.Espero que goste e gostava de saber a sua opinião acerca da mesma depois de ouvi-la. Encontra-se disponível no site do Parlamento Global: http://www.parlamentoglobal.pt/parlamentoglobal/cidadania/2009/5/11/110509+ALZHEIMER+PNJU.htmDeixo-lhe também o link de outro trabalho que fiz para a Revista N, um projecto da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, sobre a Iª Festa do Livro Infantil de Lisboa, que decorreu entre os dias 27 de Março e 5 de Abril, na Praça da Figueira. http://revistan.org/2009/04/22/a-magia-das-palavras-i%C2%AA-festa-do-livro-infantil-de-lisboa/


Mais uma vez, obrigado pela disponibilidade e amabilidade com que me receberam na Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Amadora. Tem sido extraordinário, gratificante e recompensador poder trabalhar sobre o "Projecto 12-15". A equipa é fantástica. Cada um de vocês é um pequeno grande mundo. Aliás, o projecto em si mesmo é um mundo de sonhos, onde sonhar acordado é permitido. Um lugar onde se partilham sentimentos e histórias que inspiram, que emocionam. Um projecto que é, acima de tudo, uma lição de amor e de vida. Na minha opinião, não há melhor contador de histórias que o coração.


Com os melhores cumprimentos,


Joana Clara

Uma notável visita ,com o olhar cheio de futuro.




Foi com prazer que a EIPDA e o Projecto 12-15 recebeu na Reboleira a jovem jornalista Joana Clara, recente premiada com o Premio Nacional de Jornalismo Universitário.
A Joana tomou conhecimento da nossa actividade através de imagens da TV Amadora, quando da exposição Matrecos&Afectos, que se realizou na Casa Museu Roque Gameiro no passado mês de Abril. O impulso de fazer uma reportagem sobre o nosso dia-a-dia foi ideia que logo se lhe impôs, por isso pôs mão à obra. Aguardamos o seu trabalho final com alguma ansiedade.
Pessoalmente pedi-lhe se podia facultar o texto premiado sobre a doença de Alzheimer. Acedeu gentilmente. Brevemente, depois de o receber disponibilizarei o seu conteúdo aqui.




Foi dela que recebemos a seguinte mensagem:




Bom dia professor João Silva




Gostaria de lhe agradecer a disponibilidade e a amabilidade com que me recebeu na passada terça-feira, assim como à restante equipa que entrevistei e que está por detrás deste projecto, que, espero eu, com a minha reportagem, seja de conhecimento público. Espero que também tenha gostado da entrevista e que fique orgulhoso do resultado final.
Com os melhores cumprimentos,


Joana Clara

Ulisses no Projecto 12-15







Acabado está o cenário para a peça Ulisses que os alunos da aula de pintura do Projecto 12-15 executaram com dedicação.
A texto está a ser ensaiada pela professora Olívia, e será apresentada na próxima quinta feira no auditório da EIPDA.
Êxito é o que desejo a todos os intervenientes. Lá estarei para vos apoiar e aplaudir.



João Silva

domingo, 14 de junho de 2009

Poesia - Dentro de Água




A boiar
No alguidar
Sem sequer
Me querer olhar
O pincel descansa dentro de água.
Para minha mágoa

João Silva 09

O Mundo Parou







Com o ateliê em obras, não sei onde está nada, e da última vez que procurei um desenho ,andei debaixo dos panos que estiquei para proteger os materiais da pintura do tecto, tudo me veio parar às mãos, tudo menos o que procurava. Estou sem norte,sem essa estrela polar que guiou os nossos marinheiros.
Sinto-me um asmático a quem lhe tiraram a bomba. O mundo parou, mas em breve voltará a rodar, e os pingos de tinta que estão no chão, continuarão a ser vistos por mim como estrelas e planetas do um firmamento que não tem mais que 30 metros quadrados.


João Silva


Antoni Tápies - Sentido e Inquietação










Pintor Catalão, Antoni Tàpies nasceu em Barcelona 1923. O budismo tem muita importancia na obra de Tàpies, considera-se um cidadão interventivo politicamente e socialmente. É uma referência na cultura europeia com o Informalismo e Arte Pobre. É um homem da cidade, inflenciado pela cultura urbana no que tem de mais essencial: as marcas, os grafites nos muros, os sinais, a luz, o movimento. Todos os elementos gráficos da cidade são matéria de trabalho. A geometria de Tàpies é provocadora, não nos deixa indiferente.
O uso de materiais atípicos na obra de Tápies , tais como areia e asfalto, faz lembrar a obra dos artistas da Arte Povera, que transformavam os elementos mais simples em obras de arte, enquanto que os rabiscos ao acaso são influenciados pela Arte Informal, um movimento que se centrava em obras abstractas inspiradas no subconsciente do artista.
Nascido em Barcelona em 10 de Abril de 1923, Tápies testemunhou em primeira mão os acontecimentos da Guerra Civil espanhola. A guerra teve um impacto importante na sua obra, dando-lhe uma dimensão influente e ocasionalmente um ponto de vista político. Tàpies é um dos mais importantes artistas espanhóis do pós-guerra, admirado pela beleza perene das suas obras.
Pessoalmente sou um admirador desta extraordinaria obra ,enérgica e pujante que nasce do nada, da humildade dos materiais e que o artista transforma, dando-lhe sentido e inquietação.
João Silva

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Rafael e a Escola de Atenas ,ou a diluição do tempo.


O artista renascentista italiano Rafael Sanzio (1483-1520) foi discípulo de Perugino e contemporâneo de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Fra Bartolommeo. O fresco Escola de Atenas é uma das suas mais admiradas obras, pintado a pedido do Papa Júlio II, no salão de sua biblioteca particular, no Vaticano. Na Escola de Atenas Rafael dispôs figuras de sábios de diferentes épocas como se fossem colegas de uma mesma academia. Na composição dos personagens destaca-se Platão, segurando a sua obra Timaeus, e apontando a sua mão direita para cima, talvez referindo-se às causas de todas as coisas. Segundo Fowler , o título original do fresco era Causarum Cognitio, e somente após o século XVII passou-se a usar o nome popular Escola de Atenas.

Agostinho da Silva - Toda a Escola é um templo.




Em 1937, Agostinho dava início a uma actividade que marcaria a vida de muitos. Cria o Núcleo Pedagógico Antero de Quental e em 1940 publica “Iniciação: cadernos de informação cultural,
no total 120 cadernos foram escritos e editados por Agostinho da Silva, entre 1937 e 1944 sobre os mais variados temas.
Mas seriam os cadernos «O Cristianismo», editado em 1943, e «Doutrina Cristã», 1944, que abriram um fogo-cruzado entre Agostinho, a Igreja e o Estado Novo.
Na sequência da polémica em torno desse texto onde Agostinho dizia, por exemplo, que Deus não exige nenhum culto dos seus seguidores e defendia que toda a escola era um templo.É preso pela polícia política em 1943
Algumas destas publicações têm na contra-capa uma chamada de atenção que revela bem o seu total desapego aos bens materiais.
“ Se o numero de assinantes o permitir, baixar-se-á o preço da assinatura.”
João Silva

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Poesia - O homem.


O homem
Grande e inteligente
O homem
Parvo e desigual
O homem
Com sua aparência
O homem
É um animal


João Silva 82

O próximo livro




Na aula de ontem o Pedro mostrava-se muito irrequieto. Dava pulos, atirava-se para o chão e ria sem eu estar a perceber o que se passava. Depois queria meter o cesto dos papéis na cabeça.
Dei um berro mais forte, ele olhou para mim e respondeu-me: Calma stor, não se irrite, estou só a trabalhar para o próximo livro.

João Silva