António Ramos Rosa nasceu em Faro no dia 17 de Outubro de 1924 e aí viveu durante a juventude, tendo-se radicado definitivamente em Lisboa, em 1962, depois de duas breves estadas na capital nos anos 40 e 50, durante as quais teve uma experiência gorada como empregado de escritório, de que é testemunho o conhecido «Poema de um Funcionário Cansado» .
Depois de, em Faro, ter recorrido às explicações como meio de subsistência, António Ramos Rosa, já em Lisboa, foi fazendo várias traduções, até se consagrar a tempo inteiro à Poesia. Por isso mesmo, daquele que escreveu «Despertei da biografia e dos relógios» (Viagem através Duma Nebulosa) se pode dizer - literalmente e em todos os sentidos - que a sua vida se confunde com a Poesia, tendo a sua (pequena) casa sido sempre um (grande) espaço informal de acolhimento e de intercâmbio - directo ou por meio de livros e correspondência - com outros poetas e leitores de poesia, tanto portugueses como estrangeiros.
Para além das muitas obras que foi publicando, a sua intensa actividade poética, crítica e ensaística foi-se disseminando, ao longo de toda a segunda metade do século XX, em projectos editoriais como as revistas de poesia Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-dia (de que foi co-director), bem como em diversos jornais e revistas de que se destacam, entre outros, os suplementos literários do Diário de Notícias e d'A Capital, O Jornal de Letras e a colóquio/Letras.
A sua personalidade e obra têm merecido não só a consideração dos seus pares, como a distinção de prémios literários nacionais e internacionais (Prémio de Tradução da Fondantion de Hautvilliers (1976); Prémio do centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários e Prémio PEN Club de Poesia (1980); Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1980); Prémio da Bienal de Poesia de Liége (1991); Poeta Europeu da Década, atribuído pelo Collége de L'Europe (1991); Prémio Jean Malrieu (1992)).
Confirmando a importância do seu percurso literário e o rigor do seu trabalho poético, foi-lhe ainda atribuído, em 1988, o Prémio Pessoa, a que se têm associado outras condecorações, como aquelas recebidas em 1984 e 1997 - respectivamente da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 1999, durante os «Encontros de Outono» de Faro - Capital dos Poetas e da Poesia -, coincidindo com a comemoração dos seus setenta e cinco anos e de quase meio século de actividade poética, foi-lhe prestada uma homenagem, durante a qual se anunciou oficialmente a criação da Casa da Poesia de António Ramos Rosa, que virá a beneficiar de importante bibliografia sobra a criação poética contemporânea, reunida pelo poeta ao longo dos anos.
Transcrito na integra de «Antologia Poética», António Ramos Rosa - Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes, Publicações D. Quixote.
Depois de, em Faro, ter recorrido às explicações como meio de subsistência, António Ramos Rosa, já em Lisboa, foi fazendo várias traduções, até se consagrar a tempo inteiro à Poesia. Por isso mesmo, daquele que escreveu «Despertei da biografia e dos relógios» (Viagem através Duma Nebulosa) se pode dizer - literalmente e em todos os sentidos - que a sua vida se confunde com a Poesia, tendo a sua (pequena) casa sido sempre um (grande) espaço informal de acolhimento e de intercâmbio - directo ou por meio de livros e correspondência - com outros poetas e leitores de poesia, tanto portugueses como estrangeiros.
Para além das muitas obras que foi publicando, a sua intensa actividade poética, crítica e ensaística foi-se disseminando, ao longo de toda a segunda metade do século XX, em projectos editoriais como as revistas de poesia Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-dia (de que foi co-director), bem como em diversos jornais e revistas de que se destacam, entre outros, os suplementos literários do Diário de Notícias e d'A Capital, O Jornal de Letras e a colóquio/Letras.
A sua personalidade e obra têm merecido não só a consideração dos seus pares, como a distinção de prémios literários nacionais e internacionais (Prémio de Tradução da Fondantion de Hautvilliers (1976); Prémio do centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários e Prémio PEN Club de Poesia (1980); Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1980); Prémio da Bienal de Poesia de Liége (1991); Poeta Europeu da Década, atribuído pelo Collége de L'Europe (1991); Prémio Jean Malrieu (1992)).
Confirmando a importância do seu percurso literário e o rigor do seu trabalho poético, foi-lhe ainda atribuído, em 1988, o Prémio Pessoa, a que se têm associado outras condecorações, como aquelas recebidas em 1984 e 1997 - respectivamente da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 1999, durante os «Encontros de Outono» de Faro - Capital dos Poetas e da Poesia -, coincidindo com a comemoração dos seus setenta e cinco anos e de quase meio século de actividade poética, foi-lhe prestada uma homenagem, durante a qual se anunciou oficialmente a criação da Casa da Poesia de António Ramos Rosa, que virá a beneficiar de importante bibliografia sobra a criação poética contemporânea, reunida pelo poeta ao longo dos anos.
Transcrito na integra de «Antologia Poética», António Ramos Rosa - Selecção, Prefácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes, Publicações D. Quixote.
Sempre envolvido por poesia!... :)
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