quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

José Afonso - Os Vampiros (ao vivo no Coliseu)

25 anos - José Afonso o rosto da utopia




Músico morreu a 23 de Fevereiro de 1987
José Afonso, “o rosto da utopia”, recordado por todo o país nos 25 anos da sua morte
As canções de José Afonso “mantêm toda a actualidade” nos dias de hoje (DR)
Os tributos a José Afonso vão multiplicar-se esta semana, quando se assinalam 25 anos sobre a sua morte. As cantigas do mais importante músico de intervenção português vão ouvir-se em público em Coimbra, Braga, Lisboa, Barreiro, Seixal e Setúbal. Seja para recordar, recuperar histórias ou lançar debates. Barcelona também entra no roteiro.
Uma visita ao site da Associação José Afonso (AJA) permite descobrir as iniciativas preparadas para esta semana, em diferentes pontos do país. A agenda começa logo em Coimbra, onde José Afonso – ou, popularmente, “Zeca” – estudou, onde se lançou como músico e activista político, onde se transformou num símbolo dos estudantes.O programa coimbrão “Zeca Afonso – O rosto da utopia” arranca já amanhã, segunda-feira, às 11h, na Baixa. A essa hora é inaugurada uma exposição discográfica na Praça da Comércio, com actuação do Grupo de Fados de Coimbra. No dia seguinte, às 15h30, o Teatro Paulo Quintela acolhe um debate com os jornalistas Adelino Gomes e Joaquim Vieira, que adaptou para televisão a biografia de Zeca, e o compositor Rui Pato.Na quarta-feira, dia 22, ainda em Coimbra, a Estudantina Universitária actua no Café Santa Cruz, às 22h. No dia seguinte, às 21h30, o mesmo espaço recebe uma tertúlia sobre José Afonso. Esta última iniciativa encerra o programa no exacto dia em que se assinalam os 25 anos sobre a morte do músico.José Afonso morreu a 23 de Fevereiro de 1987, aos 57 anos, em Setúbal, onde morava. Sofria de esclerose lateral amiotrófica, doença neurodegenerativa progressiva e fatal que o afastou dos palcos a partir de 1983.



Os derradeiros concertos foram os dos coliseus de Lisboa e Porto. Galinhas do Mato, de 1985, é o seu último álbum, que teve de ser completado pelos amigos José Mário Branco, Sérgio Godinho, Helena Vieira, Fausto e Luís Represas. Em 1986, já muito debilitado, ainda apoiou a candidatura presidencial de Maria de Lourdes Pintasilgo.A maior parte das iniciativas publicitadas pela AJA acontecem no dia 23, quinta-feira. A própria associação preparou um espectáculo de celebração da obra de José Afonso para Lisboa.



Terá lugar na Academia de Santo Amaro, em Alcântara, às 21h. A apresentação estará a cargo do encenador Hélder Costa (que partilha a direcção de A Barraca com Maria do Céu Guerra) e contará com nomes de palco como Francisco Fanhais, Zeca Medeiros, Francisco Naia, Pedro Branco ou Couple Coffee.Também em Lisboa, mas mais cedo (18h), no espaço da Cidade Universitária da Biblioteca-Museu República e Resistência, o jornalista e escritor Viriato Teles vai promover uma sessão de evocação. Recordar José Afonso é a palavra de ordem e é o mesmo que se fará em Setúbal, no La Bohème, a partir das 22h, com António Galrinho e Rui Lino a lerem 25 poemas de “Zeca”.Ainda na quinta-feira, em Braga, o Theatro Circo abre as portas a um tributo conjunto: de José Afonso e de Adriano Correia de Oliveira, cujo desaparecimento aconteceu há 30 anos (a 16 de Outubro). Com apresentação e declamação de Camilo Silva e Maria Torcato, o Canto D’Aqui convidou vários artistas para subir ao palco nessa noite (21h30) e na próxima, para o mesmo espectáculo.



No dia 24, sexta-feira, o itinerário passa pelo Seixal e pelo Barreiro, à hora de jantar. No Seixal, Luís Pires, Pedro Branco, Vítor Sarmento actuam no restaurante O Bispo.



No Barreiro, a associação “Grupo dos Amigos do Barreiro Velho” vai ao restaurante O Pial mostrar como as canções de José Afonso “mantêm toda a actualidade”, 25 (ou mais) anos depois. “Zeca Afonso sempre esteve e continua a estar com os que lutam por um mundo melhor”, lê-se no convite.Por fim, Barcelona. A capital catalã vai acolher dois concertos no L’Auditori, a 25 de Fevereiro e a 3 de Março. O primeiro será da responsabilidade dos Drumming, grupo português de percussão com sede no Porto. O segundo é do projecto “20 canções para Zeca Afonso”, que propõe “um novo olhar sobre a música” do autor de Grândola, Vila Morena.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Antoni Tàpies

Fallece el pintor Antoni Tàpies

Antioni Tàpies 1923-2011


O pintor e escultor catalão Antoni Tàpies, considerado um dos maiores representantes europeus da arte abstracta do pós-guerra, morreu no passado dia 6 de Fevereiro aos 88 anos, em Barcelona.
Numa entrevista que deu ao El País, em 2004, já com problemas de cegueira e de audição, dizia que “o corpo humano se adapta a tudo” e que envelhecer lhe tinha dado uma certa tranquilidade. Sentia que se encontrava “um pouco mais livre do que quando era jovem”. Acreditava que a pintura só valia a pena se fosse útil à sociedade, “porque senão não valia a pena fazê-la”.Nasceu em Barcelona, em 1923, numa família burguesa e o seu pai queria que ele fosse advogado. Ainda estudou direito, mas abandonou o curso para se dedicar à arte em que era autodidacta.Alugou o seu primeiro atelier, em 1946, na cidade de Barcelona. Começou a estudar a arte moderna através de livros e revistas catalães do início dos anos 30.




Quando tinha 18 anos, por causa de uma lesão pulmonar, teve de passar dois anos na cama e dedicou-se a copiar obras de pintores que admirava, como Van Gogh e Picasso. Foi graças ao seu médico da altura, que, anos mais tarde, conheceu em Paris, o pintor de Guernica. Conseguiu uma bolsa para estudar nesta cidade e é lá que, em 1956, realiza a primeira exposição individual. O coleccionador de arte e galerista Joan Prats iniciou-o na literatura surrealista de André Breton (Tàpias funda, em 1948, o grupo Dau al Set, que abandona em 1951) e apresentou-lhe o pintor Miró, que foi seu amigo até morrer.Em 1960, Tàpies participou numa mostra da nova pintura e escultura espanhola no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e esteve representado na exposição “Before Picasso, After Miró”, do Museu Guggenheim da mesma cidade.



Como artista integrava-se na tradição cultural da Catalunha, com uma dimensão política simultaneamente autonómica e contra o franquismo (foi preso em 1966). “Tem uma forte influência da liberdade poética do surrealismo, mas há nele, uma orientação muito original para outras sensibilidades, nomeadamente as orientais ligadas ao budismo”, diz o historiador de arte João Pinharanda. “Na sua pintura, o gesto liberta-se quer da forma naturalista, quer da escrita verbal. Cada conjunto de gestos transforma-se num signo. Às vezes, imprime a sua mão na tela como se estivesse a repetir um gesto primordial.”Em 1954, a sua obra passou a ser mais expressiva e deu origem àquilo que se designa por pintura matérica. “Ao mesmo tempo que o gesto se autonomiza, a matéria com que pinta toma conta da superfície pintada. Ganha volume, quase que se transforma em matéria escultórica. Isso também coincide com a utilização que faz de matérias que são estranhas à pintura tradicional”, lembra João Pinharanda. Antoni Tàpies utilizava nos seus quadros: cimentos, areias, látex, pó de mármore, etc. E incorpora na sua pintura, materiais de lixo urbano. “Como se estivesse a recuperar do lixo coisas que voltava a erguer como grande Arte. É uma arte feita com materiais pobres.



Tàpies enquadra-se nessa poderosíssima genealogia da grande pintura espanhola. Tem toda a tradição atrás dele”, conclui Pinharanda. Em 1990 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias e abriu as portas da sua Fundação, em Barcelona, onde expunha a sua obra. Esteve representado na Bienal de Veneza e na Tate Gallery em Londres. A Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e a Fundação de Serralves, no Porto, fizeram retrospectivas da sua obra e, em 2010, houve exposições suas em Évora e na Régua.

Zeca 25 anos - Sons da Gente "A morte saiu à rua"

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ontem 13 de Fevereiro - 106º aniversario do nascimento de Agostinho da Silva





Não corro como corria

Nem salto como saltava

Mas vejo mais do que via

E sonho mais que sonhava.




Agostinho da Silva desempenha um papel preponderante no avanço para uma Nova Civilização no nosso Planeta. Ninguém permanece indiferente às suas ideias; podem-se aceitar ou rejeitar porque os conhecimentos que transportam causam perturbações profundas em nós e, como nas escolas estamos habituados a responder, nunca a perguntar, nem todas as pessoas gostam dessa revolução interior que sentimos quando entramos em contacto com algo de bom, de belo e de verdadeiro que faz parte da essência do ser humano.
Os sábios trazem a paz, o bom humor, a alegria e a fé na vida. É importante reconhecer as pessoas sábias, seguir-Ihes os passos e nortearmos as nossas vidas pelas suas. Elas abrem-nos o caminho.
Quando entramos em sintonia com um único aspecto da obra de Agostinho da Silva, temos a consciência clara da distância que nos separa e do amor que nos une.
Como homem, ele teve inúmeras fragilidades. Como um ser transcendente deixou-nos um hino de louvor à Vida.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Compreender a Desordem por Défice de Atenção e Hiperactividade



Sinopse
Compreender a Desordem por Défice de Atenção e Hiperatividade sensibiliza os pais e professores para a problemática realidade da Desordem por Défice de Atenção (DDA). Os autores deste livro, um casal constituído por um médico e uma professora, pais de uma criança com DDA, apresentam uma perspetiva singular, pois lidam diariamente com as frustrações e também com as pequenas vitórias dos jovens com esta perturbação.Numa sala de aulas com trinta alunos, muito provavelmente dois ou três têm DDA. No entanto, em grande parte dos casos, não há um diagnóstico adequado, o que faz com que essas crianças não recebam o acompanhamento devido.Este livro pretende ser uma ferramenta de apoio aos professores na tarefa de reconhecer e ajudar esses alunos, muitas vezes descritos como desatentos ou desinteressados.
Coleção Educação e DiversidadeEsta coleção tem como objetivo principal provocar um impacto positivo na educação de crianças e adolescentes, particularmente daqueles em risco educacional, oferecendo aos profissionais de educação e aos pais um enorme leque de publicações, de carácter prático, que contribuam para a promoção de ambientes educativos de sucesso.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

JL - Pessoa,plural e singular.


Exposição na Fundação Gulbenkian, e não só: Pessoa, plural e singular * Como é a 'mostra' que vem do Brasil e vai poder ver, ampliada, em Lisboa *Entrevista Richard Zenith e artigo de José Paulo Cavalcanti * Miguel Real escreve sobre os textos esotéricos do poeta, até agora desconhecidos * Duas cartas e dois postais inéditos * Teresa Rita Lopes revela novos aspetos do republicano e militante contra a Igreja de Roma.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



ORDENS


Pela primeira vez na história editorial portuguesa e internacional é publicado um dicionário de horizonte tão abrangente dedicado às ordens e às suas metamorfoses à luz de um ideário de ecumenismo cultural e científico.
Nesta obra inédita, o leitor encontra um extraordinário e exaustivo trabalho de investigação e redacção que reúne um conhecimento actualizado e global da natureza e acção dos mais diversos tipos de ordens que marcaram e ainda marcam presença actuante no nosso país, sem deixar de os integrar nas redes internacionais de onde nasceram ou que deram origem.

Ordens Católicas, Protestantes, Hindus, Budistas, Maçónicas, Esotéricas, Templárias, Míticas, Honoríficas e Profissionais são aqui dadas a conhecer com rigor e amplitude de visão, tendo-se procedido também à análise daquilo que tem sido a dimensão do seu papel e influência na sociedade portuguesa.

São centenas de instituições, umas mais conhecidas outras menos ou praticamente incógnitas, aquelas que nesta obra encontram um espaço de conhecimento que até hoje nunca tinha sido sistematizado deste modo e disponibilizado ao grande público.

Durante cerca de uma década, mais de 150 investigadores, consultores e coordenadores de diferentes formações científicas e filiações ideológicas, apoiados por diversas instituições académicas, culturais e, algumas delas, ligadas às próprias ordens estudadas trabalharam com denodo para edificar esta obra que pela dimensão e novidade do conhecimento revelado enriquecerá a cultura portuguesa.

Filme de apresentação do Dicionário Histórico das Ordens e Instituições Afins em Portugal.
Autor(es)
José Eduardo Franco, José Augusto Mourão e Ana Cristina da Costa Gomes (dir.)