sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vitorino Magalhães Godinho





História perde mestre
Vitorino Magalhães Godinho, um dos historiadores portugueses que mais se dedicaram ao estudo dos Descobrimentos, morreu na noite de terça-feira, aos 92 anos, na sua casa de Lisboa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Revisitando.Nome de Guerra de Almada Negreiros


Nome de Guerra - Almada Negreiros

Obra narrativa de 1938 que explora a psicologia de um jovem provinciano - Antunes, que tem pais "abastados" e que o mandam para a capital. Aí, Antunes vai conhecer Judite, mulher de clubes e recomendada pelo seu Tio, que o inicia no Amor. O jovem vai descobrir a autodeterminação do seu íntimo pessoal, encontrando-se com a humanidade, que não se procura, encontra-se.

O romance evidencia, portanto, "o imperativo das decisões vitais, na improbabilidade de uma ciência racional e experimental que as informe a cada passo (...) apresentando características de ficção psicologística burguesa ao gosto dos anos 30, com a vantagem, no entanto, de a motivação das personagens ou de cada atitude ser dada de um modo metafórico, ou pelo menos imaginoso, e não abstracto" (in História Ilustrada das Grandes Literaturas - Literatura Portuguesa VIII, 1ª edição, 2º Volume, Lisboa, Editorial Estúdios Cor, 1973, p. 698).

Obra na qual Almada recolhe e recria uma série de retratos que definiam as personagens literárias de Lisboa e a própria cidade mediante uma extraordinária capacidade de descrição física, um traço de desenho magistral:

"Tinha um pescoço horrível, sem ligação da nuca com as costas. Uma cova em triângulo entre as omoplatas e a falha do pescoço. E aqui a cor era ordinária. Porém, a nuca perfeita de redondeza, nem saliente, nem retraída. O tronco era uma verdadeira maravilha. Era todo o segredo da sua formosura. Os seios hediondos, partidos, duas excrecências inutilizadas. O busto curto mas sólido. Os ombros grandes e largos, levemente subidos. Os braços apertavam, desde o ombro até ao pulso, por uma forma ridícula e sem distância. As ancas cerradas, entre menina e mulher. A linha dos ombros mais larga que a das ancas, conforme a robustez do tronco. O ventre, bem posto, era contudo mais admirável do que formoso, mais escultural do que atraente. O umbigo, o sexo, as virilhas era tudo infantil, inocente..."os mais larga que a das ancas, conforme a robustez do tronco. O ventre, bem posto, era contudo mais admirável do que formoso, mais escultural do que atraente. O umbigo, o sexo, as virilhas era tudo infantil, inocente..."



Feira do livro abre hoje.


A Feira do Livro de Lisboa 2011 realiza-se entre os dias 28 de Abril e 15 de Maio de 2011, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. Esta é a 81ª edição da Feira do Livro de Lisboa, um evento que tem vindo a marcar o calendário cultural dos lisboetas.

A Feira do Livro de Lisboa tem como objetivo promover e divulgar livros e obras multimédia em língua portuguesa e estimular os hábitos de leitura dos portugueses.

Horário de funcionamento

  • De 2ª a 5ª Feira - Das 12h30 às 22h30;
  • 6ª Feira - Das 12h30 às 23h30;
  • Sábados, Domingos e Feriados - Das 11h00 às 23h30.

A feira é organizada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

domingo, 24 de abril de 2011

José Afonso - Maior que o Pensamento na RTP



Série documental em três episódios sobre José Afonso com assinatura de Joaquim Vieira, a não perder hoje, amanhã e depois na RTP.


“Maior que o Pensamento” é o título de um documentário em três partes acerca da vida e da obra do poeta, compositor e intérprete José Afonso, o mais conhecido autor da chamada canção de intervenção portuguesa, movimento do qual se pode aliás dizer que foi fundador e líder (embora de maneira informal). As criações de José Afonso corporizaram para os portugueses, na fase final da ditadura do Estado Novo, a ideia de resistência à opressão e de esperança numa vida melhor, ajudando a mobilizar os cidadãos para um combate pela liberdade que essas mesmas canções viriam a simbolizar após a queda do regime e ao longo de todo o atual período democrático. Não por acaso, uma canção de José Afonso, “Grândola, vila morena”, foi escolhida como senha radiofónica para os militares revoltosos desencadearem, na madrugada de 25 de abril de 1974, as operações que puseram termo a quase meio século de despotismo. O documentário recolhe muitas dezenas de testemunhos de pessoas que conheceram José Afonso e com ele colaboraram, desde familiares e amigos a músicos de várias nacionalidades. Imagens de atuações de José Afonso (algumas inéditas em Portugal, como na Alemanha em 1963) completam este exaustivo trabalho sobre um criador que suplantou em muito a estrita esfera do seu posicionamento ideológico, tornando-se num dos mais originais e destacados criadores do seu país no século XX. Ao longo do documentário, podem ser ouvidas algumas das mais significativas canções da autoria de José Afonso, interpretadas pelo próprio. Entre os intervenientes, contam-se os músicos António Vitorino de Almeida, Benedicto García, Caetano Veloso, Carlos Alberto Moniz, Carlos Correia (“Bóris”), Fausto, Francisco Fanhais, Francisco Naia, Gilberto Gil, Janita Salomé, João Afonso, José Jorge Letria, Júlio Pereira, Luís Cília, Luís Góis, José Mário Branco, José Niza, Luis Pastor, Paco Ibañez, Pi de la Serra, Rui Pato, Sérgio Godinho e Vitorino Salomé e ainda o editor discográfico Arnaldo Trindade e amigos de José Afonso, como o pintor Malangatana, o poeta Eugénio Lisboa, o realizador Luís Filipe Rocha, o dirigente revolucionário Camilo Mortágua, o militar de abril Otelo Saraiva de Carvalho, o jornalista Adelino Gomes e o jornalista e ensaísta alemão Günter Wallraff.




“Maior que o Pensamento”, uma produção Nanook, é um documentário de Joaquim Vieira, com edição de Aníbal Carocinho, direção de produção de Lila Lacerda, consultoria histórica de Irene Flunser Pimentel e consultoria de Maria Helena Afonso dos Santos.




FICHA TÉCNICA:


Produção: Nanook
Realização:
Joaquim Vieira
Origem:
Portugal - 2011



quinta-feira, 21 de abril de 2011

A Minha Desconstrução





A minha desconstrução da "Construção do Mundo" no pensamento e no olhar da Drª Fatima Tremoço
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A Construção do Mundo
É com grato prazer e honra que tento escrever estas simples linhas acerca de mais uma obra do amigo e artista João Silva – A Construção do Mundo. O tema, permitam-me questionar (após o visionamento do pequeno filme, com o ato de criar): a construção do mundo ou a desconstrução do artista? Será o artista, um louco e as suas obras, o fruto da sua loucura? Essa associação tem sobressaído ao longo da história e como Foucault tão bem salienta, pouco importa saber quando a voz da loucura, se insinuou no orgulho de Nietzsche, na humildade de Van Gogh. A loucura só existe enquanto instante último da obra – esta empurra-a indefinidamente para os seus confins; a loucura é contemporânea da obra, dado que ela inaugura o tempo da sua verdade. No instante em que, juntas, nascem e se realizam a obra e a loucura, tem-se o começo do tempo em que o mundo se vê determinado por essa obra e responsável por aquilo que existe diante dela.
E será aqui que se ergue a loucura e nasce a obra, numa dualidade de sentimentos – a solidão e a esperança, presente na New World Symphony de Antonín Dvorak, inspiradora de ápices pinceladas onde o mundo vai surgindo pelas mãos, mente, espírito e coração do nosso artista, numa multiplicidade de simbolismos que se apresentam.
Aquele que constrói mundos não tão-somente na tela, mas faz acreditar que é possível, cada um de nós conseguir construir e conquistar o seu próprio mundo. Muito mais que um pintor temos alguém que nos diz, És Capaz! Faz acreditar que é possível fabricar sonhos e transportá-los para a tela da vida. Consegue despertar a construção presente em cada um de nós, mas escondida no nosso mundo muito próprio, invisível aos olhos dos outros, porque inaceitável aos nossos próprios olhos.
Não poderia terminar este testemunho sem mencionar aquele que, ambos admiramos, e que tão sabiamente colocou em vocábulos um pouco do Ser, Artista, Poeta, Professor e/ou como tão humildemente se apresenta – Aprendiz, João Silva!
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“Que o homem possa passar à sua verdadeira vida, que é a de contemplar o mundo, ser poeta do mundo e o mundo poeta para ele,…” (Agostinho da Silva)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Na era do vazio.Eco na revista Ler.


UMBERTO ECO SÁBIO ENTRE BORBOLETAS

Trinta anos depois de O Nome da Rosa, o ensaísta e escritor italiano publica O Cemitério de Praga, romance que desafia as fronteiras entre realidade e ficção. Eco, 79 anos, recebeu Carlos Vaz Marques na sua casa-biblioteca de 30 mil livros, em Milão. «Um sábio que passou a vida a estudar borboletas não quer tornar-se uma borboleta.»

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ângelo de Sousa - Tudo o que sou capaz.





Ângelo de Sousa recentemente desaparecido viveu e trabalhou no Porto desde os anos 50.Este DVD é um interessantissimo documento sobre a maneira de pensar e de sentir deste extraordinario artista plástico.

"Quis filmá-lo ao sabor de encontros vários, em Coimbra numa exposição de escultura, em casa, no atelier, em Lisboa.

O filme parte de vários encontros com o Artista, como se fossem várias curtas-metragens justapostas, em que ele comenta os seus trabalhos, os métodos, a repetição das formas, as alternâncias de suportes (papel, fotografia, vídeo, metal), ele que tanto trabalha o desenho como a escultura como o papel. Inquieto, Ângelo guia-me pela sua sempre declarada alegria, impermanente conquista diária das formas simples."
Jorge Silva Melo

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O exército de terracota de Xi’an

O exército de terracota de Xi’an, que acompanharia o Imperador Oin Shi Huangdi após a vida. Os famosos cerca de 8 000 guerreiros de terracota (comandantes, arqueiros, cocheiros e respectivos cavalos em tamanho natural, soldados de infantaria e carros de combate) encontrados no mausoléu do rei da dinastia Qing – num complexo funerário com mais de 2 hectares, que demorou 37 anos a ser construído –, resultaram de uma das mais importantes descobertas arqueológicas do século XX. Sobreviveram ao tempo durante cerca de 2 200 anos, constituindo o maior tesouro histórico da China, também classificado como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Tecnicos de jardinagem visitam o Buddha Eden Garden
































Foi napassada quarta – feira que a turma de técnicos de jardinagem e espaços verdes TJE1 visitou o Buddha Eden Garden – Jardim da Paz no Bombarral. O Buddha Eden Garden é um espaço com cerca de 35 hectares, idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi, um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras primas, do período tardio da Arte de Gandhara. Em 2001, profundamente chocado com a atitude do Governo Talibã, que destruiu, intencionalmente, monumentos únicos do Património da Humanidade, o Comendador Berardo deu início, a mais um, dos seus sonhos, a construção deste extenso jardim oriental. Prestando, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, e que durante séculos foram referências culturais e espirituais. Pretende-se, que o Buddha Eden Garden seja um lugar reconciliação. Sem nenhuma tendência religiosa, abrimos as portas, a todas as pessoas, independentemente, da religião, etnia, nacionalidade, sexo, idade, condição cultural ou social, convidando à união, comunicação e meditação, como forma de redescobrir a felicidade. Ambicionamos, assim, percorrer o caminho contrário à destruição do ser humano e disseminar a cultura da paz. Esta é uma instituição cultural sem fins lucrativos e ao serviço da comunidade nacional e internacional, que tem como missão sensibilizar o visitante para o conhecimento interior, através do seu jardim em diálogo com um vasto património escultórico, vocacionado para a meditação e promoção da interacção social e cultural, conforme os princípios da solidariedade e da dignidade humana. Sendo o Buddha Eden Garden um espaço de livre acesso, solicitamos uma doação, dentro das suas possibilidades, para nos ajudar a manter este sítio de tranquilidade e para, que possamos continuar a facultar entradas gratuitas a todos aqueles, que nos procuram aspirando a paz, força e luz.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

BEAUTIFUL CREATION - Inauguração














Fotos da inauguração da passada sexta feira na Malaposta da exposição,”Será o homem a mais bela criação de Deus ?”