domingo, 31 de janeiro de 2010

Desmond Morris - A Tribo do Futebol




A Tribo do futebol ,um olhar fascinante sobre a relação do homem com o futebol.

O modo característico de Desmond Morris ver a raça humana, claramente exposto em O Macaco Nu e O Zoo Humano garante uma qualidade invulgar a este estudo.
Para aqueles que já tenham assistido a um jogo de futebol, este trabalho será uma surpresa. Para os conhecedores, será uma revelação. Os admiradores de Morris apreciarão a sua descrição do futebol como contrapartida moderna do padrão primitivo de caça.
Em resumo, este livro é uma colorida, viva e imparcial apresentação do mundo do futebol e uma explicação para o papel cada vez mais importante do desporto na sociedade moderna.

Desmond Morris (24 de janeiro de 1928, Purton, Reino Unido) é mais conhecido por seu trabalho como zoólogo e etólogo.
Ele chamou a atenção pela primeira vez nos anos 1960 como apresentador do programa Zoo Time na ITV. Os seus estudos concentram-se no comportamento animal e humano, explicados de um ponto de vista zoológico.
Morris escreveu vários livros e produziu alguns shows de televisão. As suas análises dos humanos de um ponto de vista zoológico geraram enorme controvérsias.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Tribunais Políticos


Um livro fundamental para perceber um passado recente.

"O Círculo de Leitores e a Temas e Debates editaram “Tribunais Políticos – Tribunais Militares Especiais e Tribunais Plenários durante a Ditadura e o Estado Novo”, uma obra coordenada por Fernando Rosas.
A sessão de apresentação, que esteve a cargo do próprio Fernando Rosas, em Lisboa no passado mês de Abril , no Espaço da Justiçano Ministério da Justiça, Praça do Comércio.
Esta obra explica a acção dos tribunais que puniam as actividades políticas, sindicais, militares, culturais, associativas, reivindicativas, de opinião ou outras que as autoridades e a polícia política consideravam atentatórias da ordem estabelecida, entre 1926 e 1974. Os tribunais serviam para julgar o que a Ditadura Militar e o Estado Novo consideravam “crimes políticos e sociais” ou “crimes contra a segurança do Estado”.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nos 100 anos da Republica.




18 de Janeiro de 1910 - A necessidade da Revolução

Teve eco na imprensa a sessão de propaganda decorrida no salão do Centro Republicano António José de Almeida, promovida pelo Grupo de Beneficência Tomás Cabreira.
Presidindo à sessão, Bernardino Machado teceu várias considerações sobre a situação da monarquia portuguesa e a atitude do monarca. “O chefe do Estado, para ser digno deste nome, não se deve pertencer a si mesmo, mas à nação”.
Tratou ainda o orador da situação revolucionária em que se achava o País e a sociedade, questionando se seria mesmo necessária uma revolução para alterar o regime político. “Isto não quer dizer, todavia (…) que o partido republicano não julgue absolutamente necessária a revolução, desde que se torne impossível a luta pacífica pela discussão e pelo voto. A revolução impõe-se, desde que a monarquia não tem outras armas para se defender senão a coação e a violência.”
Tiveram também a palavra Gastão Rodrigues, Roque da Fonseca Júnior, Arnaldo de Carvalho, Raymundo Alves e Sá Pereira, os quais seguiram a mesma ordem de ideias de Bernardino Machado.
Fonte: O Século nº 10 092, 18 de Janeiro de 1910, p. 2.

O Quarteto nos Açores.


De 12 a 15 de Fevereiro o Quarteto Vitaminas estará na Cidade da Horta para a realização de dois espectaculos.


A Cidade da Horta situa-se na costa Sudeste da Ilha do Faial, com cerca de 6 400 habitantes (em 2001). A área total ocupada pelas 3 freguesias da cidade é de 8,48 km². O seu topónimo deriva do apelido flamengo do seu 1.º Capitão-donatário, Hurtere. A cidade, disposta em anfiteatro virado para a Montanha do Pico, é beneficiada a Sul pela Enseada de Porto Pim, protegida pelo Monte da Guia (145 metros) e Monte Queimado (89 metros), e a Norte, situa-se a ampla Baia da Horta abrigada pela Lomba da Espalamaca.
É uma das sedes da Administração Regional e sede da
Assembleia Legislativa Regional dos Açores. É sede do Departamento de Oceanografia e Pescas (sigla DOP) da Universidade dos Açores. Possui um Observatório Meteorológico e uma Estação Radionaval da Marinha.
No interior do Porto Comercial, situa-se a famosa Marina da Horta, o primeiro porto de recreio a ser inagurado nos Açores. É paragem obrigatória dos milhares de iates e veleiros que atravessam o
Atlântico Norte. Em resultado disso, serão ampliadas as infraestruturas da Marina, construída uma nova Gare Marítima e ampliado o edifício do Clube Naval da Horta. Merecem referência os jardins e espaços verdes emblemáticos da cidade: Praça do Infante D. Henrique, Jardim Eduardo Bulcão, Largo Duque de Ávila e Bolama, Praça da República, Jardim Florêncio Terra e o Parque Municipal da Alagoa. Junto da cidade, situa-se a área de Paisagem Protegida do Monte da Guia (73 ha). Na Quinta de São Lourenço, situa-se o Jardim Botânico do Faial.
É servida por um moderno Aeroporto Internacional. Dispõe de ligações aéreas regulares directas para Lisboa (
TAP e SATA Internacional) e inter-ilhas (SATA Air Açores). Existem ainda ligações marítimas durante todo o ano entre as ilhas do Pico e de São Jorge (Transmaçor). E no Verão, existem ligações regulares com as restantes ilhas, com excepção da Ilha do Corvo.
Em
31 de Agosto de 1926 o concelho foi abalado por um sismo de grande magnitude. O Vulcão dos Capelinhos, entre Setembro de 1957 a Outubro de 1958; Em 23 de Novembro de 1973 e a 9 de Julho de 1998, o concelho foi novamente afectado com prejuizos humanos e materiais

Guernica em 3D,um resultado fascinante.


GUERNICA.......Um novo olhar....!!

*Clicar no link abaixo para ver a infografia digital de Lena Gieseke do célebre painel de Pablo Picasso em 3D (c/Som) * http://www.lena-gieseke.com/guernica/movie.html
Toda a gente conhece a Guernica, um painel pintado a óleo com 782 x 351cm, que Pablo Picasso apresentou em 1937 na Exposição Internacional de Paris. A tela, a preto e branco, representa o bombardeamento sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de Abril de 1937 por aviões alemães e actualmente está exposta no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.
O pintor, que morava em Paris na altura, soube do massacre pelos jornais e pintou as pessoas, animais e edifícios destruídos pela força aérea nazi tal como os viu na sua imaginação.Agora uma artista nova-iorquina, Lena Gieseke, que domina as mais modernas técnicas de infografia digital, decidiu propor uma versão 3D da célebre obra e colocá-la na net soba forma de um vídeo (ver relacionados no final do texto).
O resultado é fascinante e permite-nos visualizar detalhes que de outro modo nos passariam despercebidos.Esta técnica inovadora revela-se um instrumento poderoso para compreender melhor a forma de trabalhar do pintor e até o modo como funcionava a sua imaginação.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não,foram vocês ...




Em 26 de Abril de 1937, a força aérea nazi de Hitler, através da sua Legião Condor, bombardeava a cidade basca de Gernika. Aliás, não se limitou a bombardear; em verdade tentou dizimar toda a cidade.
Na altura ao serviço das forças fascistas de Franco, o ataque a Gernika não teve quaisquer intentos militares, teve o objectivo de destruir tudo e todos em Gernika. Para a História ficou uma pequena árvore no centro da cidade que sobreviveu, sendo hoje um símbolo da cidade.O ataque a Gernika foi um dos mais sinistros e simbólicos ataques das forças nazi-fascistas, durante a Guerra Civil de Espanha.

Em Paris, dias depois, desfolhando o jornal comunista L'Humanité, Pablo Picasso vê a notícia e as fotos do ataque a Gernika. É então que o Governo Republicano de Espanha lhe encomenda o quadro. Um notável quadro nasce. Actualmente o quadro encontra-se no Museu de Arte Reina Sofia em Madrid, ainda que envolto em polémica, pois o País Basco tem repetidamente pedido o repatriamento do quadro para o colocar em Bilbau, sendo recusado alegadamente por "fragilidade da obra".
Quando um militar olhando para o quadro perguntou a Picasso - foi voçê que fez isto ? -Ele respondeu - não, foram voçês...

Nova Águia nº4 - Pascoaes,Portugal e a Europa.


NOVA ÁGUIA, Nº 4:“Pascoaes, Portugal e a Europa”
Como é sabido, a revista A Águia foi uma das mais importantes do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoaes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Carneiro, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva. A ideia de relançar a revista, agora sob o nome de NOVA ÁGUIA, pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado aos nossos tempos. Não se trata, nessa medida, de fazer uma revista voltada para o passado, meramente revivalista. Trata-se, antes, de fazer uma revista para os tempos de hoje, para o século XXI.
Tal como n’ A Águia, procuraremos o contributo das mais relevantes figuras da nossa Cultura, que serão chamadas a reflectir sobre determinados temas. O tema do quarto número, que agora foi lançado, é “Pascoaes, Portugal e a Europa”.

Agostinho da Silva ,inédito.

"Portugal, pelo seu clima e pela natureza do solo, é, fora um ou outro raro lugar, o país da árvore"
"Toda gente está com muito medo de que o país seja invadido pela árvore. Absurdo! Em primeiro lugar, Portugal, pelo seu clima e pela natureza do solo, é, fora um ou outro raro lugar, o país da árvore. Então de que é que as pessoas estão, os melhores estão com medo, não é da árvore, é de certas árvores.
Se, por exemplo, o mundo continuasse consumindo muito azeite, os portugueses achariam muito bem que a oliveira fosse plantada em Portugal, quanto mais oliveiras houvesse, mais azeite se podia vender. Simplesmente, o mundo hoje não está comendo azeite, tem outros óleos, melhores para a saúde que o azeite, embora não tão gostosos, mas melhor para a saúde e é isto que se vai fabricar, evidentemente.

Então eles o que querem? Houve agora um Congresso a que vieram representantes da Finlândia e de outros países e tal, que já sabem o que querem fazer de Portugal - querem fazer um país da árvore. De que árvore? Pinheiros - madeira para construção, para tudo o que for preciso fazer de não grande importância e não grande resistência; eucalipto - para papel; choupo - para fazer fósforos, embora já haja fósforos feitos de papel, parece que de madeira são melhores.

Por exemplo, grande parte de região de Mondego, das planícies do Mondego, lá para o lado da Figueira da Foz e Coimbra, já está sendo plantada de choupo para os fósforos, a sociedade dos fósforos está tomando conta daquela coisa.

E há eucaliptos, bem, e já estão a dizer, nesse Congresso, que a grande coisa para Portugal era ser uma fábrica de massa de papel. Muito bem. Diz-se pois: massa de papel, poluindo o rio e com cheiro que tem - é pois, verdade. Mas porque é que a massa de papel polui o rio? Porque com a mira de lucro, com o ardor de ganhar mais dinheiro, não se aplica nenhuma das coisas que se poderia aplicar para não haver poluição nenhuma. É, se o ar está envenenado por ácidos e se as águas estão todas manchadas, de maneira que os peixes morrem, é porque os donos das fábricas, as empresas sem nenhuma espécie de consciência do geral, o que querem é acumular lucro e investir, fazer fábricas maiores, não porque não tenhamos já à nossa disposição todos os meios necessários para que isso não suceda no mundo, para que o mundo não se suje.

Há maneiras de limpar as fábricas.

Por outro lado, a fabricação de papel pode portanto ser domesticada e podemos fornecer o papel para os outros escreverem se quiserem. Não é que tenha uma grande paixão por ver o mundo ilustrado de revistas idiotas e de jornais mais idiotas ainda, mas isso não quer dizer que o jornal ou a revista não possam servir para coisas que não são idiotas."



Agostinho da Silva, inédito

domingo, 10 de janeiro de 2010

O mar da Ericeira,hoje.



O mar da Ericeira, hoje ao principio da tarde, com toda a sua força e esplendor. Ondas, vento forte, espuma, chuva e neblina.
Tal e qual como eu gosto.

João Silva

Um momento irrepetivel.



Uma noite extraordinária ontem à noite a bordo do Cacilheiro do Tejo atracado na baia do Seixal. Empatia, sensibilidade, criatividade e emoção.
Alem dos meus companheiros músicos de sempre, foram convidados na harmónica o pintor Giga Coelho, na guitarra portuguesa o criativo Carlos Sanches e a agradável surpresa da presença do extraordinário violinista David Whaino, instrumentista da orquestra Gulbenkian.
Uma noite de emoções.
No final o publico abandonou a sala cheio e feliz, por viver aquele momento irrepetível.

João Silva

Educação & Ambiente em marcha.



Várias turmas da Escola Intercultural das Profissões da Amadora já trabalham na Exposição de Arte Postal ,Educação & Ambiente .Espera-se também a participação de várias escolas do país e até do estrangeiro.
A exposição é organizada pelos alunos do Projecto 12-15 e será inaugurada no dia 14 de Maio de 2010 pelas 15 horas, na Casa Museu Roque Gameiro na Amadora.
A todos peço divulgação e colaboração.

Obrigado
João Silva

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Telescopio de Galileu faz 400 anos, ou a igreja e o reconhecimento tardio.



O 25 de Agosto, ficou conhecido como o dia em que Galileu ampliou a capacidade de se conseguir observar ao longe. Como seu nome indica, telescópio vem do grego "tele", que significa longe, associado a "scopio", observar. As "longas vistas" constituídas por duas lentes – objectiva e ocular – foram, provavelmente, inventadas antes de 1604 e apareceram, na Europa, em 1608. Após ter ouvido falar de uma lente holandesa de Hans Lippershey é que o também professor de matemática na Universidade de Pádua decidiu construir a sua.
Apesar de se ter apropriado da ideia de Lippershey, Galileu melhorou-a, tornou-a 30 vezes mais potente e foi com ela que se conseguiu observar pela primeira vez os satélites de Júpiter.
O instrumento chamado luneta era também conhecido como telescópio de refracção, cujas propriedades principais se baseavam nas lentes côncavas e convexas. Apresentaram-se-lhe grandes revelações. O cientista dirigiu as suas lentes astronómicas para a lua e aí percebeu que a cratera não era lisa e que tinha relevos, viu os maiores satélites de Júpiter, o planeta Vénus e reparou que a via láctea é constituída por uma infinidade de estrelas.
A invenção revolucionou mentes e entrou em rota de colisão com a Igreja Católica.
Acusado de heresia em 1610, publicou um livro de apenas 24 páginas, intitulado «Sidereus nuncius» (Mensageiro das Estrelas) e nele descreveu algumas das suas observações com a luneta.
À medida que as suas descobertas avançavam, começa a virar-se para a teoria heliocêntrica de Copérnico e a pôr a geocêntrica em xeque – medida que o leva a ser acusado de heresia. Chamado a depor perante a Inquisição Romana foi obrigado a retractar a teoria para se salvar. Apenas em 1980, o Papa João Paulo II [Karol Joseph Wojtyla] ordenou uma nova avaliação ao processo contra Galileo, o que acabou por eliminar os últimos vestígios de resistência à revolução Copernicana. As suas observações, como se sabe, lançaram a Europa num profundo debate científico e cultural.
Este astrónomo continua a ser considerado o grande elo do passado com a ciência moderna.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Sacanas sem lei



Sacanas sem lei.
Uma descrição desconcertante passada na segunda guerra mundial, que mostra o que o bicho homem pode fazer . Um Tarantino a viajar pelo interior do homem, capaz do melhor e do pior.
É urgente ver, sem desculpas.

João Silva

Realização - Quentin Tarantino

Intérpretes - Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz, Eli Roth, Diane Kruger, Samuel L. Jackson, Mike Myers

Sinopse - Shoshanna Dreyfus (Mélanie Laurent) assiste à execução da sua família, directamente pelas mãos do Coronel nazi Hans Landa (Christoph Waltz). No entanto, ela consegue fugir para Paris e começar de novo, com uma identidade falsa e dona de um cinema. Entretanto, na Europa, o Tenente Aldo Raine (Brad Pitt) organiza um grupo de soldados judeus, orientado para atacar alvos localizados: os Bastardos. Juntamente com uma actriz alemã e agente infiltrada, de seu nome Bridget von Hammersmark (Diane Kruger), eles planeiam derrubar o Terceiro Reich. Os destinos convergem todos para o cinema onde Shoshanna planeia a sua própria vingança.