sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Museu do Cinema em Melgaço




Surpresa ,andar a passear em Melgaço e dar com um museu do cinema ,ainda por cima com uma exposição dedicada a Felini.
Segundo um funcionario ,é o unico museu dedicado ao cinema em Portugal ,tirando a Cinemateca em Lisboa.

Inaugurado em Junho de 2005, neste museu encontram-se milhares de cartazes e fotografias, máquinas de cinema do tempo do mudo, equipamentos mais modernos e muitos filmes. Um vasto espólio doado ao município de Melgaço por Jean-Loup Passek. Apaixonado por aquela vila minhota, Passek dirigiu o departamento cinematográfico do Centro Georges Pompidou, em Paris, e foi director do Festival de Cinema de La Rochelle, contando ainda com um vasto currículo ligado ao estudo e à divulgação da sétima arte. O museu contém uma zona de exposição permanente, com um pequeno auditório e espaços dedicados a exposições temporárias.
Localização
Rua
DireitaVila
4960-542 MELGAÇO

Frota de Paz nos Mares da Guerra ,uma exposição de uma memória a não perder, no Museu de Ilhavo



Clique para ver melhor o Maria Glória
Todos os homens que foram ao bacalhau, e todas as mulheres que lhes viveram as viagens, recordam o drama épico da navegação e da pesca em plena Segunda Guerra Mundial. A grande pesca no perigosíssimo Atlântico Noroeste, precisamente sobre a rota da guerra submarina e no mesmo mar por onde passavam os comboios de reabastecimento das forças Aliadas. Por fortuna e engenho de quantos viveram a tormenta de pescar bacalhau nos mares em guerra, apenas dois navios bacalhoeiros portugueses foram torpedeados por submarinos alemães – o Maria da Glória e o Delães. Se a “faina maior” comporta uma dimensão de história trágico-marítima, é nas peripécias do torpedeamento do lugre Maria da Glória, em 1942, que ela melhor se exprime.
Trata-se de um acontecimento “total”, que tudo condensa e tudo questiona sobre esta infindável narrativa.O ponto central da exposição do ano de 2009 no Museu Marítimo de Ílhavo reside, precisamente, na memória desse acontecimento maior e de outros que com ele se ligam: a ambígua neutralidade portuguesa imposta por Salazar; a insólita decisão política de manter a frota bacalhoeira em actividade, obrigando as tripulações a trabalhos e tormentas impensáveis; o quebra-cabeças da navegação em comboios; a celebração da frota branca como “frota de paz nos mares em guerra”.
Uma investigação inédita de documentos “confidenciais” e uma recolha de depoimentos vividos, permitirá ao Museu compor pequenos filmes de forte sentido didáctico e um programa de serviço educativo singular. Serão esses os principais elementos desta extraordinária história, nunca antes contada em qualquer museu.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Núcleo Museologico de Castro Laboreiro,muito calor com visita ao castelo.





Núcleo Museológico de Castro Laboreiro
Dedicado à história e tradição da freguesia de Castro Laboreiro, a maior e mais antiga do concelho, este Núcleo divulga aspectos relacionados com a paisagem e a vivência locais, nomeadamente no que respeita às Brandas, às Inverneiras e ao Planalto. Na casa anexa à sede, uma construção tipicamente castreja, é retratado o ambiente de uma casa local, na segunda metade do século XX.Depois da visita ao museu ,mais de 1 Km a subir sendo os ultimos 200 metros muito inclinados ,neste dia estavamos com 32 graus de calor e tinhamos esquecido levar água.
O castelo de Castro Laboreiro, está construído no alto de um monte, a 1 033 metros acima do nível do mar, com difícil acesso, integrado no Parque Natural da Peneda-Gerês, numa região que tem vestígios da ocupação humana desde a pré-história.
O castelo, na posse dos muçulmanos, foi conquistado por D. Afonso Henriques em 1141, procedendo ao reforço das suas defesas, que sofreriam grandes danos com o ataque do rei de Leão em 1212.
No reinado de D. Dinis, o castelo foi reconstruído adquirindo a estrutura que ainda tem hoje. Durante a guerra da Restauração da Independência, em 1660, chegou a ser ocupado pelas forças espanholas mas foi de novo tomado pelas forças portuguesas.

Esta localidade é conhecida no mundo, devido á raça dos seus famosos cães com o mesmo nome, Castro Laboreiro.

A Lenda de Barcelos


Aqui estou eu junto ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico da cidade, associada á curiosa lenda do galo. Segundo ela, os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por não se ter descoberto o criminoso que o cometera.

Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela em cumprimento duma promessa; que fosse fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, foi condenado à forca. Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: - É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem. Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível, tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado. O juiz corre à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento. Imediatamente solto, foi mandado em paz. Passados anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor à Virgem e a São Tiago.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Museu Matitimo de Ilhavo - A vida dura da pesca do bacalhau e as fainas da ria de Aveiro.











Gostei de visitar estas extraordinarias memorias dos pescadores portugueses da pesca do bacalhau.Homens rudes,historias rudes, de sábios que lêem o mar como ninguem.
O Museu Marítimo de Ílhavo nasceu em Agosto de 1937. Lugar de memória dos ilhavenses que o criaram, o Museu começou por assumir uma vocação etnográfica e regional. Foi e é testemunho da forte ligação dos ilhavenses ao mar e à Ria de Aveiro. A “faina maior” (a pesca do bacalhau à linha com dóris de um só homem) nos mares da Terra Nova e Gronelândia e as fainas agro-marítimas da Ria são as referências identitárias do Museu. A cada um dos temas corresponde uma exposição permanente que oferece ao visitante a possibilidade de reencontrar inúmeros vestígios de um passado ainda recente.
Navio-Museu Santo André

O Navio-Museu Santo André é um pólo do Museu Marítimo de Ílhavo. Fez parte da frota portuguesa do bacalhau e pretende ilustrar as artes do arrasto. Este arrastão lateral (ou “clássico”) nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Empresa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros e porão para vinte mil quintais de peixe.
Nos anos oitenta surgiram restrições à pesca em águas exteriores que resultaram na redução da frota e no abate de boa parte dela. O Santo André não escapou à tendência. A 21 de Agosto de 1997 foi abatido à frota. Sobrava a memória de um navio emblemático e havia que saber preservá-la.
Para tanto foram conciliadas ideias e esforços. O armador do navio, António do largo Cerqueira, L.da (pescas Tavares Mascarenhas, S.A.) e a Câmara Municipal de Ílhavo decidiram por mútuo acordo transformar o velho Santo André em navio-museu.


Uma excelente ideia para preservar a memoriaa.




João Silva

Vilarinho das Furnas - O Alfabeto do Suor Honrado.




Foto antiga de Vilarinho das Furnas.A vida entre montanhas.






Vilarinho das Furnas é antes de mais um lugar de respeito. A construção de uma barragem inaugurada em 1972 faz com que esta pequena aldeia implantada no fundo de um vale fique submersa. Estávamos em ditadura e a totalidade dos residentes receberam de indemnizações 20.741607.00 contos (moeda antiga), sem terem qualquer poder reivindicativo
Hoje a albufeira da barragem quando está vazia traz-nos imagens de rara beleza, quase fantasmagóricas.Depois nada melhor que a visita ao museu.

O Museu Etnografico de Vilarinho das Furnas tem a seguinte morada:

Campo do Gerês

4840-030 Terras de Bouro

Telf 253 351 888


Deixo -vos com este poema de Miguel Torga que traduz tão dolorosos momentos.

João Silva



REQUIEM


Viam a luz nas palhas de um curral
Criavam-se na serra a guardar gado
À rabiça do arado
A perseguir a sombra nas lavras,aprendiam a ler
O alfabeto do suor honrado.
Até que se cansavam
De tudo o que sabiam,
E, gratos, recebiam
Sete palmos de paz num cemitério
E visitas e flores no dia de finados.
Mas, de repente, um muro de cimento
Interrompeu o canto
De um rio que corria
Nos ouvidos de todos.
E um Letes de silêncio represado
Cobre de esquecimento
Esse mundo sagrado
Onde a vida era um rito demorado
E a morte um segundo nascimento.
Miguel Torga
Barragem de Vilarinho da Furna18 de Julho de 1976


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Melgaço - Espaço Memória e Fronteira.



Agradavel foi a surpresa quando visitei esta exposição.
Sofrimento,muito sofrimento para se poder subreviver.
Os expedientes do contrabando,as suas rotas, e a decisão dolorosa de abandonar a familia e emigrar.
O Espaço Memória e Fronteira dedicado à preservação da história recente do concelho de Melgaço, relacionada com o contrabando e a emigração, é um espaço que conduz o visitante pelas histórias da História. Possui uma sala dedicada ao contrabando e uma rampa, ao longo da qual se vão retratando os diversos momentos relacionados com a emigração, como as causas, a preparação da viagem e a viagem, a chegada e vivência no país de acolhimento, sem esquecer os reflexos da emigração no concelho.

Obrigatorio para quem for a Melgaço.

João Silva









domingo, 23 de agosto de 2009

Ferias 2ª parte


Três dias em Melgaço, no Hotel Monte Prado SPA ,com uma arquitectura sabiamente integrada na paisagem, para conhecer a cidade e a região. Monção, Valença, Caminha, Soajo, Vilar de Mouros, Cerveira, Gerez, Castro Laboreiro e duas surpresas, o Museu do Cinema, e o Museu Memoria e Fronteira dedicado à emigração e ao contrabando.
Dois dias em Ponte de Lima no Hotel Axis SPA para contemplar o rio Lima e as suas extraordinárias margens. Mais dois dias no Axis SPA de Viana do Castelo. Este hotel é deslumbrante com a sua arquitectura de pedra escura e linhas direitas, e depois usufruir da lindíssima cidade que se preparava para a sua festa anual. E por fim mais dois dias em Aveiro no Melia Ria SPA. Aveiro está uma cidade com um pulsar genuíno no seu dia-a-dia, a notar- se uma grande influencia da universidade.
Agora a má noticia. Frequentei todos os ginásios e SPA’s dos hotéis e mesmo assim engordei quatro quilos. Já entrei em dieta.
O novo ano lectivo está a chegar, e eu estou recarregado para o receber.

João Silva

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Férias - 1ª parte.


A primeira parte das férias está cumprida. Apanhei um Algarve longe de estar cheio e com preços mais baixos.
Uma semana já lá vai. O surf na praia da Arrifana foi extraordinário, uma praia que parece que foi feita de encomenda para esta modalidade, uma delícia para o meu filho João Miguel.
Depois uma viagem a Loulé para visitar o meu outro filho Bruno que trabalha desenfreadamente nestas paragens.
Talvez para mim o momento mais alto desta semana,o mergulho ao largo da praia do Barril num mar calmo e transparente.
No dia seguinte kaiaque na Meia Praia, seguido de uma visita ao Cabo de São Vicente e á Ponta de Sagres e perceber o espírito de Henrique o navegador, para depois regressarmos novamente ao paraíso do surf.
O Algarve acabou ,parto amanhã para o Minho. Melgaço, Monção, Valença, Vilarinho das Furnas, Bienal de Arte Contemporânea de Vila Nova da Cerveira, Viana do Castelo e Aveiro esperam por mim.
Fiquem Bem

João Silva