domingo, 31 de maio de 2009

O interesse e a visibilidade do Projecto 12-15 é cada vez maior




Estive na Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Amadora, na passada sexta-feira, em entrevista com o Sr. Eng. Adelino Serras, acerca do "Projecto 12-15". Fiquei a conhecer este projecto através de uma peça realizada pela TV Amadora, que esteve presente na inauguração da exposição Matrecos&Afectos, onde pude constatar que a arte assume, em grande medida, um papel fundamental na diminuição do comportamento, por vezes, violento dos jovens residentes no Concelho da Amadora. Esta iniciativa despertou a minha atenção e, por essa razão, comecei a fazer pesquisa sobre a mesma. Descobri o seu blogue, "A Conquista da Bolina", no qual é claramente evidente essa tentativa de aproximação e contacto dos jovens com o seu espírito criativo, através da música e da pintura. Torna-se particularmente visível o grande afecto que sente por estes jovens. O Sr. Eng. Adelino Serras teve a amabilidade de me conceder um exemplar de um livro da sua autoria, "O Amor dá berros quando se irrita" e já tive a oportunidade de lê-lo.

Estou a contactá-lo, uma vez que me foi proposto fazer uma reportagem para a cadeira de Atelier de Jornalismo, leccionada pelo professor e jornalista do Público, António Granado, e, na minha opinião, este projecto é um tema extraordinariamente interessante para tratar. Gostaria de saber se é possível marcar uma reunião consigo e ter a oportunidade de entrevistar um dos grandes mentores deste projecto, assim como assistir a uma das suas aulas, para presenciar a forma como interagem uns com os outros. A reportagem em questão poderá vir a ser publicada numa revista/jornal com projecção nacional. Proponho-me, desde já, a fazer um trabalho jornalístico credível e de qualidade, que é o que procuro em cada peça que escrevo. Recentemente, tive o privilégio de receber o Prémio Nacional de Jornalismo Universitário, na categoria de Rádio, pelas mãos de Sofia Vieira, jornalista da Rádio Renascença.

Aguardo uma resposta sua. Cumprimentos cordiais,

Joana Clara

A EIPDA na Amadora Educa.




O projecto que está a ser desenvolvido pelos alunos do Projecto 12-15 da Escola Intercultural das Profissões e do Desporto da Amadora está presente no pavilhão desta escola na Amadora Educa.
Trata-se de pequenas composições de desenho e pintura relacionadas com desportos radicais, ideia que colou sem custo ao imaginário dos alunos.
O objectivo é para o próximo ano lectivo, estes trabalhos serem feitos numa escala quase natural. O pavilhão da escola depois da sua montagem, ficou com um ar sóbrio e equilibrado em que o bom gosto impera.

João Silva

Agostinho da Silva ,quinze anos após a sua morte




Acabo de chegar da apresentação do terceiro número da revista Nova Águia, esta dedicada ao legado de Agostinho da Silva, quinze anos após a sua morte.
A palestra decorreu na sala Virgílio Ferreira na biblioteca municipal de Sintra e teve como orador Renato Epifânio.
Como é sabido, a Revista A Águia foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal, em que colaboraram algumas das mais relevantes figuras da nossa Cultura, como Teixeira de Pascoes, Jaime Cortesão, Raul Proença, Leonardo Coimbra, António Sérgio, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva.
A NOVA ÁGUIA pretende ser uma homenagem a essa tão importante revista da nossa História, procurando recriar o seu “espírito”, adaptado ao século XXI, conforme se pode ler no seu manifesto.

João Silva

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eduardo Lourenço , José Saramago e as fotos prometidas.


Sou devedor contumaz de Eduardo Lourenço desde 1991, precisamente há dezassete anos. Trata-se de uma dívida um tanto singular porque, sendo natural que ele, como lesado, não a tivesse esquecido, já é menos habitual que eu, o lesante, ao contrário do que com frequência sucede em casos semelhantes, nunca a tenha negado. Porém, se é certo que jamais me fingi distraído da falta, há que dizer que ele também não consentiu que eu me deixasse enganar pelos seus silêncios tácticos, que de vez em quando interrompia para perguntar: “Então essas fotografias?” A minha resposta era sempre a mesma: “Ó diabo, tenho tido muito trabalho, mas o pior de tudo é que ainda não pude mandar fazer as cópias”. E ele, tão invariável como eu: “As fotografias são seis, tu ficas com três e dás-me as restantes”, “Isso nunca, era o que faltava, tens direito a todas”, respondia eu, hipocritamente magnânimo. Ora, é tempo de explicar que fotografias eram estas. Estávamos, ele e eu, em Bruxelas, na Europália, e andávamos por ali como quaisquer outros curiosos, de sala em sala, comentando as belezas e as riquezas expostas, e connosco ia o Augusto Cabrita, de máquina em riste, à procura do instantâneo imortal. Que pensou haver encontrado num momento em que Eduardo Lourenço e eu nos havíamos detido de costas para uma tapeçaria barroca sobre um tema desses históricos ou míticos, não sei bem. “Aí”, ordenou Cabrita com aquele ar feroz que têm os fotógrafos em situações de alto risco, como imagino que eles as consideram. Ainda hoje estou sem saber que diabinho me levou a não tomar a sério a solenidade do momento. Comecei por compor a gravata do Eduardo, depois inventei que os óculos dele não estavam bem ajustados e dediquei-me a pô-los no seu sítio, de onde nunca haviam saído. Começámos a rir-nos como dois garotos, ele e eu, enquanto o Augusto Cabrita aproveitava, com sucessivos disparos, a ocasião que lhe tinha sido oferecida de bandeja. Esta é a história das fotografias. Dias depois o Augusto Cabrita, que morreria passados dois anos, mandou-me as imagens tomadas, crendo, decerto, que elas ficariam em boas mãos. Boas eram, ou não de todo más, mas, como já deixei explicado, pouco diligentes.
Tempos depois deu-me para escrever o romance Todos os Nomes, o qual, conforme pensei então e continuo a pensar hoje, não poderia ter melhor apresentador que o Eduardo. Assim lho fiz saber, e ele, bom rapaz, acedeu imediatamente. Chegou o dia, a sala maior do Hotel Altis a rebentar pelas costuras, e do Eduardo Lourenço nem novas nem mandadas. A preocupação respirava-se no ar carregado, algo deveria ter sucedido. Além disso, como toda a gente sabe, o grande ensaísta tem fama de despistado, podia ter-se equivocado de hotel. Tão despistado, tão despistado que, quando finalmente apareceu, anunciou, com a voz mais tranquila do mundo, que tinha perdido o discurso. Ouviu-se um “Ah” geral de consternação, que eu, por obra dos meus maus instintos, não acompanhei. Uma suspeita atroz me havia assaltado o espírito, a de que o Eduardo Lourenço decidira aproveitar a ocasião para se vingar do episódio das fotografias. Enganado estava. Com papéis ou sem eles, o homem foi brilhante como sempre. Pegava nas ideias, sopesava-as com o falso ar de quem estava a pensar noutra coisa, a umas deixava-as de lado para um segundo exame, a outras dispunha-as num tabuleiro invisível esperando que elas próprias encontrassem as conexões que as potenciariam, entre si e com alguma da segunda escolha, mais valiosa afinal do que havia parecido. O resultado final, se a imagem é permitida, foi um bloco de ouro puro.
A minha dívida tinha aumentado, ultrapassara em tamanho o buraco de ozono. E os anos foram passando. Até que, há sempre um até que para nos pôr finalmente no bom caminho, como se o tempo, depois de muito esperar, tivesse perdido a paciência. Neste caso foi a leitura recente de um ensaio de Eduardo Lourenço, Do imemorial ou a dança do tempo, na revista “Portuguese Literary & Cultural Studies 7” da Universidade de Massachusetts Dartmouth. Resumir essa extraordinária peça seria ofensivo. Limitar-me-ei a deixar constância de que as famosas cópias já se encontram finalmente em meu poder e de que o Eduardo em poucos dias as receberá. Com a maior amizade e a mais profunda admiração.


José Saramago

Poesia - Globalização à beira mar plantada.


Saboreando a soberania nacional
Saboreando como cidadão legal
Sinto um certo gosto amargo, um certo travo

Não me estão a servir Nacional
Não estão, não, eu sei o que pedi
E estou a ser enganado. Aqui.

João Silva 83

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Eugenio de Andrade - É urgente o amor.


É urgente o amor.

É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,

ódio, solidão e crueldade,

alguns lamentos,

muitas espadas.


É urgente inventar alegria,

multiplicar os beijos, as searas,

é urgente descobrir rosas e rios

e manhãs claras.


Cai o silêncio nos ombros e a luz

impura até doer.

É urgente o amor, é urgente


permanecer.


Eugénio de Andrade

Atletas olimpicos da antiga grécia na EIPDA
















Os alunos de Acção Educativa da Escola Intercultural das Profissões da Amadora, acabaram hoje no pavilhão polidesportivo do pólo da Reboleira o seu trabalho baseado em figuras da cerâmica grega. Atletas olímpicos estão agora representados junto ao parque desportivo o que não deixa de ser simbólico.
A turma está contente e orgulhosa com a inauguração do seu trabalho, que teve a presença do director pedagógico, Luís Agostinho.

João Silva

terça-feira, 26 de maio de 2009

Poesia - Não tenho jeito


Olhar
Como se fosse um tiro
Ver
Como se bebesse o tempo
Cantar
Como se fosse um pássaro
Inventar
O amor perfeito
Decididamente
Não tenho jeito

João Silva 83

José Cardoso Pires - De Profundis,Valsa lenta.




Ninguém melhor do que a própria pessoa que vive ou viveu uma situação para descrevê-la. Foi o que se propôs o autor desta obra que retrata o trauma pelo qual ele mesmo passou ao ter sido afectado por um acidente vascular
Ele fala dos seus sentimentos, a relação com as pessoas que antes conhecia e depois passaram para desconhecidas, as coisas que tinha desaprendido e as lembranças apagadas da sua memória, a reconstrução de si mesmo partindo do desconhecimento de si próprio. De profundis valsa lenta é ao mesmo tempo; uma grande contribuição autobiográfica para especialistas, doentes e familiares de pessoas obrigadas a passar pelas dificuldades criadas por esta enfermidade e um auto estudo introspectivo de uma doença bastante perigosa.
Comovente é também o prefácio “Carta a um novo amigo”do neurocirurgião Lobo Antunes que acompanhou todo o processo.
Raramente aparece na historia da literatura um escritor que esteve do lado de lá, onde o seu eu era também para ele outra pessoa desconhecida ,e que depois conseguiu recuperar , e assim o ter conseguido escrever .
Um livro pequeno , que se lê rapidamente mas uma enorme perola tanto na prespectiva literaria como cientifica.
João Silva

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O discurso de Winston Churchill




Há já bastante tempo que adquiro e colecciono documentos relacionados com a história política, social, ou cultural da humanidade. A minha última aquisição foi um documento datado de 1942 com dois discursos do grande estadista inglês Winston Churchill. O primeiro é o celebre texto dito na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a 26 de Dezembro de 1941 em Washington.
Churchill foi brilhante na construção do texto, na colocação da voz e nas pausas que quase deixavam sem respiração quem o ouvia.Com isto impulsionou todo um trabalho com os Aliados até chegar o tão esperado DIA D.

João Silva

43º aniversario da O U A no Centro Cultural de Belem











A convite da Sr.ª embaixatriz de Moçambique, estive hoje ao fim da tarde no 43º aniversário da O U A (Organização para a Unidade Africana).
Uma enorme festa no Centro Cultural de Belém com toda a representação diplomática africana sediada em Lisboa presente.
Uma noite de cultura gastronómica e musical, onde não faltaram grupos de Marrocos, Guine, Cabo Verde , Angola ,Moçambique etc.
O espírito africano em todo o seu esplendor, que ao mesmo tempo me fez lembrar Fernando Pessoa. “A minha pátria é a língua portuguesa “

João Silva

Associação Recomeço na Evolução de Darwin


Clique para ler melhor.




Os alunos da aula de pintura da Associação Recomeço, visitaram na passada sexta feira na Gulbenkian a exposição “A Evolução de Darwin”.
Houve a sorte de no momento a Fundação nos arranjar um guia, o que levou a determinadas passagens da exposição serem melhor entendidas. Os alunos não pararam de fazer perguntas, o que revela o interesse que se gerou em cada assunto. Para a próxima aula está o mote determinado. O desenho e a pintura vão ter como base, Darwin e a sua Origem das Espécies.
O trabalho e a criatividade esperam-nos.

João Silva

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sherlock Holmes e a ciência da dedução.







Na literatura policial quem é o detective dos detectives? Para a maior parte dos interessados e estudiosos só pode ser um, Sherlock Holmes.
Sherlock Holmes é um personagem de ficção da literatura britânica criado pelo médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. Holmes é um investigador do final do século XIX e início do século XX que aparece pela primeira vez no romance A Study in Scarlet (Um estudo em Vermelho) editado e publicado originalmente pela revista Beeton's Christmas Annual, em Novembro de 1887.
Sherlock Holmes ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método cientifico e a lógica dedutiva.
Pessoalmente sou um admirador desta personagem que disse um dia que “as coisas aparentemente mais insignificantes são da maior importância”.
Em Agosto passado visitei a sua casa museu em Londres, no célebre 221B de Baker Street. Emocionante foi rever todas aquelas historias que li e reli vezes sem conta, e olhar através daquela janela virada para a rua, onde tantas vezes em apostas com o seu amigo Watson, ia descrevendo e deduzindo a vida das pessoas que via chegar pela janela para depois o consultarem .

João Silva

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Amor dá Berros Quando se Irrita - Opinião de Carla Reis


Amigo.
Eu é que agradeço por me teres escolhido para te "aturar". Reconheço a léguas quem quer FAZER e quem AMA, "indiferente a tudo na sua meta de construir".
"Ontem eu fiquei horas esquecidas assistindo aotrabalho das formigas, indiferentes a tudo, na sua meta de construir. E aprendi o quanto é importante fazer...Fazer sempre e de tudo para alcançar os galhos maisaltos da árvore da vida e melhor se alimentar do fruto quase esquecido : a paz! Oh! Deus, torna-me indiferente a tudo que nao seja construir com meu trabalho um mundo novo, onde só pessoas, bichos e coisas existam porque amam e entendem o amor como único sentido da vida."
(Djavan)
Sei que não amas tanto os bichos como eu - não agradeceste ao meu cão Bug pelos beijos e esfreganços que te foram ofertados, aquando da feitura do teu livro - mas não tenho dúvidas do grande amor que tens pelas crianças / jovens. Um amor que tão bem te norteia...


Adoro-te!


Carla Reis

Relicários do Tempo - Opinião de Sílvia Marques


Fiquei com os olhos presos ao ecrã, assim que vi os teus relicários...uma ideia bem "rasgada", muito bem mesmo.Sem ter lido o teu comentário às obras, liguei os teus trabalhos ao tempo, à velocidade da vida, que só nos permite guardar no nosso relicário pequenos pedaços .

Espectacular, mesmo muito.

Adorei, senti a obra.


Sílvia Marques

O espirito olimpico e a Grecia na escola da Reboleira




Os alunos de Acção Educativa começaram a montar os painéis de arte grega no pavilhão polivalente do pólo da Reboleira da Escola Intercultural e das Profissões da Amadora.
Estes jovens estão orgulhosos com o trabalho desenvolvido , e agora que já estão quase montados no espaço para que foram destinados, podemos concluir que a aposta está ganha.
Parabéns a todos os meus alunos, muito especialmente aos que trabalharam mais.

João Silva

O Amor dá Berros Quando se Irrita - Opinião de Fernanda Sanches


Li o teu livro e gostei muito….simplesmente maravilhoso!
Transmitiste de uma forma sublime o teu dia-a-dia, e dos teus alunos no projecto.
Passaste ao mesmo tempo mensagens importantes, como o respeito e o conhecimento do outro. Para amar o outro temos de conhecê-lo, deixar de lado o nosso preconceito e tentar conhecer o outro lado, que é diferente do nosso, mas também verdadeiro.
E o mais importante de tudo os afectos… as palavras certas…o gesto certo…o olhar…a confiança…
Com o teu livro fiquei a conhecer e a compreender melhor o projecto e o trabalho que a equipa desenvolve com estes jovens.
Vi em cada página, pequena vitórias, pequenas conquistas, grandes vitórias e grandes conquistas. Vi a valorização e o acreditar neste miúdos/miúdas com histórias e vidas complicadas, ou pelo menos com uma família diferente do tradicional/convencional, ou politicamente correcto.
As fotografias estão muito bem escolhidas…as cores muito boas, só um senão.. o formato do livro. Eu pessoalmente gostaria que tivesse o formato do livro tradicional, mais pequeno…desculpa…
Gostei de tudo… particularmente, quando respondes que tens 62 filhos; quando aquela aluna te pergunta se pode sentar-se na tua mesa para almoçar, e o diálogo que surge daí (eu pessoalmente nunca tive essa confiança com nenhum professor) isso só acontece quando se consegue ser mais do que simplesmente um professor.
Fernanda Sanches

terça-feira, 19 de maio de 2009

Eugenio de Andrade


Sê paciente

deixa que a palavra amadureça

e se desprenda como um fruto

ao passar o vento que a mereça



Eugenio de Andrade

Sonny Rollins


Sonny Rollins
Um musico que muito admiro, um exemplo de longevidade.
Theodore Walter "Sonny" Rollins nasceu em 7 de Setembro de 1930 em Nova Iorque ,é um saxofonista tenor americano. Sonny tem uma longa e produtiva carreira no jazz, havendo começado a tocar com 11 anos de idade.
Antes dos 20, já tocava com o legendário pianista Thelonious Monk. Hoje continua a gravar e a dár concertos , tendo uma vida e uma carreira muito mais duradouras que muitos dos seus contemporâneos no jazz, como John Coltrane, Miles Davis e Art Blakey, músicos com quem gravou.
É um prazer ver este musico com 79 anos ainda em plena actividade.

João Silva

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Pinturas Cantadas no Museu Nacional de Etnologia


- Clique para aumentar, e assim conseguir ler.









É já a terceira vez que visito esta extraordinária exposição patente no Museu Nacional de Etnologia,ali junto ao Estádio do Restelo.
As artistas são mulheres de uma aldeia que se organizaram em cooperativa e que, para dar de comer aos filhos e sobreviver, pintam canções que compõem, mesmo sendo analfabetas, sobre histórias do dia a dia, mitológicas e educativas. Ferver água, sexo seguro,ou o ataque às Torres Gemeas são alguns exemplos.
Na linha da pintura narrativa ,com muito interesse devido ao contexto político e social onde se integram.
A não perder no Museu Nacional de Etnologia.
João Silva




domingo, 17 de maio de 2009

Poesia - Não existo.


Na rua
Grito, salto, berro e canto
Ninguem me olha
Corro, danço, paro e pulo
Todos os que me rodeiam,não me rodeiam
Penso , repenso e digo:
Não existo

João Silva 82

Relicarios do Tempo




Relicários do Tempo são o conjunto de 8 pequenas esculturas (2 nas fotos) que estou a preparar para a minha próxima exposição “ Será o homem a mais bela criação de Deus? “
A ideia de lhe chamar Relicário do Tempo foi baseado na poesia, Saudação à Alvorada do poeta e dramaturgo hindu Kalidasa, e na ideia de um relicário ser um objecto que se destina a guardar relíquias sejam elas de caris religioso ou não.
Um alerta para os momentos e diversas fases da vida de todos nós, que passam à velocidade do tempo, e que distraídos nos esquecemos de viver o precioso momento.


João Silva

Cuida deste dia
Ele é a vida, a própria essência da vida!
Em seu breve curso
Estão todas as verdades e realidades da tua existência:
A bênção do crescimento,
A glória da acção,
O esplendor da realização.
Pois o dia de ontem não foi senão um sonho
E o de amanhã somente uma visão.
Mas o dia de hoje bem vivido, transforma os de ontem num sonho de ventura.
E os de amanhã numa visão de esperança.
Cuida bem, pois, do dia de hoje!


Kalidasa

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Organizar uma biblioteca


A organização de uma biblioteca é fundamental. Adquiro livros desde muito novo, uns para ler até ao fim, outros para consulta e outros pelo prazer de ter, de os olhar, como e o caso de livros ligados a um dado momento social, histórico ou político.
Mas uma coisa é certa, livro mal classificado e arrumado incorrectamente pode ser livro que desapareceu para sempre. Por isso aconselho a quem tem biblioteca, que nada poderá ser mais gravoso que uma organização defeituosas, porque se não sabemos onde está o que procuramos , os metros de biblioteca são irrelevantes.

João Silva

Arte Grega e o espírito olimpico na Escola das Profissões.











Concluído está o trabalho dos alunos de Acção Educativa da EIPDA sobre atletas olímpicos representados na mítica cerâmica grega. Na Grécia, a cerâmica atingiu grande perfeição, tornando-se uma manifestação artística original. A melhor cerâmica era fabricada em Atenas. Devido à intensa actividade dos gregos, chegaram até aos nossos dias imensos vasos em várias regiões das costas do Mediterrâneo. Estes vasos de cerâmica são bastante importantes pois através deles podemos reconstituir a vida e os costumes dos gregos, assim como a evolução da cerâmica e a visualização das cenas da mitologia grega aí representadas. Eram peças com fins utilitários e, por isso, com uma grande variedade de formas, apresentando, naturalmente, valor, perfeição e beleza variáveis. A decoração dos vasos gregos alterou-se ao longo do tempo tendo sofrido uma evolução. Começou por apresentar elementos decorativos geométricos após o que se seguiu um período em que predominavam outros motivos tais como figuras humanas, animais e ornamentos vegetais, variando de acordo com as regiões: pela beleza destaca-se o estilo Ático. Neste podemos considerar duas variantes: vasos com figuras negras pintadas em silhueta sobre vermelho como é o caso do que reproduzimos na Escola , e vasos com figuras vermelhas, cobrindo-se de negro toda a superfície e deixando-se o espaço destinado às figuras que, deste modo, ficavam a vermelho.
Brevemente estes painéis serão montados no pavilhão polivalente do pólo da Reboleira, e vão ficar virados para o recinto de jogos. Uma maneira da Escola homenagear o espírito olímpico e os atletas da antiguidade.

João Silva

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Amor dá Berros Quando se Irrita. Historias do dia a dia no Projecto 12-15


Foi em boa hora que a EIPDA na pessoa do Eng. Adelino Serras, decidiu editar o meu livro “O Amor dá Berros Quando se Irrita “ - Historias do dia a dia no projecto 12-15.
Trata-se de momentos que vivi nas aulas durante o ano de 2008 como formador, e que a sua publicação fez com que muitas pessoas tomassem conhecimento de uma realidade que julgavam não existir.
Agradeço terem acreditado no meu projecto, e todo o apoio que tive para poder levar esta nau a bom porto.
O meu agradecimento muito especial à Professora Carla Reis, que me aturou com enorme paciência. Como eu digo na abertura do livro, sem ela este livro não seria mais que uma intenção.
Espero sinceramente que este seja um contributo, para que se dignifique os profissionais que no seu dia-a-dia dão tudo para melhorar este extraordinario projecto.
O meu agradecimento muito particular ao Director Pedagógico Dr. Luís Agostinho, ao principio só Director e agora meu Director e Amigo, que entendeu logo a minha maneira de ser, e me deu espaço e liberdade para poder realizar o que tenho feito nesta Escola até hoje.

João Silva

terça-feira, 12 de maio de 2009

Educar, essa palavra horrível.


Um pensamento extraordinariamente lúcido.Educar e instruir .
Clique no endereço abaixo.