Um dos poetas que mais gosto.
Quando acabou a segunda guerra mundial, Ramos Rosa estava em Lisboa. No Rocio viu uma vibração de toda aquela gente que festejava o final da guerra.
Ele olhava para todo o lado para ver se via alguém conhecido para o poder abraçar festejando tão importante momento.Ao fundo vê um velho colega da universidade. Corre para ele e … Amigo abraça-me, acabou a guerra. Pelo que ele respondeu com um ar distante. QUE É QUE EU TENHO A VER COM ISSO
Ele olhava para todo o lado para ver se via alguém conhecido para o poder abraçar festejando tão importante momento.Ao fundo vê um velho colega da universidade. Corre para ele e … Amigo abraça-me, acabou a guerra. Pelo que ele respondeu com um ar distante. QUE É QUE EU TENHO A VER COM ISSO
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Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
Um astro
ResponderEliminarOuve a longa incoerência da palavra e a memória do sangue que se apaga.
Ouve a terra taciturna.
Tudo é furtivo e as sombras não acolhem.
Nenhum jardim de segredos.
Nenhuma pátria entre as ervas e a areia.
Onde é que nasce a sombra e a claridade?
Eis as vertentes da terra árida e negra.Quem
reconhece o equilíbrio das evidências serenas?
Estas palavras têm o odor de portas enterradas.
Como dominar a desmesura da ausência e a vertigem?
Como reunir o obscuro em palavras evidentes?
Escuta,escuta a longa incoerência da terra
e da palavra.Ao longo da distância
murmura a perfeição monótona de um mar.
Num pudor de esquecimento um astro se aveluda
em denso azul na corola do silêncio.
de Volante Verde(1986)
Este é um dos meus poemas favoritos, mas existe outro que gosto muito em contraponto
ResponderEliminarao de ramos rosa
"Sê paciente
deixa que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça"
EUGÈNIO DE ANDRADE