domingo, 23 de setembro de 2012

Visitei hoje o Chalet e Jardins da Condenssa de Elba


Pela primeira vez aberto ao público, o conjunto patrimonial do Chalet e Jardim da Condessa d´Elba, integrado no Parque da Pena, é visitável desde Maio de 2011. Após longas e profundas obras de restauro, que devolveram a este refúgio sintrense todo o seu carácter romântico e cénico, é possível agora desfrutar deste património. O Chalet é um edifício do séc. XIX, de traça romântica, mandado construir pelo reio D. Fernando II para a sua esposa, Elise Hensler, Condessa d´Elba. O projecto de reconstrução teve como objectivo devolver ao Chalet o seu estado original, incluindo o restauro e a reintegração dos elementos que resistiram à ruína. O portão e a Casa do Guarda do Chalet foram também objecto de recuperação, sendo aqui que funciona o acolhimento dos visitantes e o centro de interpretação ambiental.
Quanto ao Jardim, o projecto de restauro envolveu, nomeadamente o sistema de captação, distribuição e armazenamento de águas (pondo a descoberto lagos, canais e condutas), a rede de caminhos com a reposição de pavimentos originais, e o restauro das edificações (casas de jardineiro, muros, pontes, pérgola, aviário, etc). Procedeu-se também à plantação de mais de 8000 plantas, que integraram as colecções de rododendros, azáleas, begónias, fetos arbóreos, camélias e outras espécies existentes.















sexta-feira, 7 de setembro de 2012

OLHOS, CORAÇÃO E MÃOS NO CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS.





OLHOS, CORAÇÃO E MÃOS NO CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS.


GUIMARÃES (Ana Paula), — OLHOS, CORAÇÃO E MÃOS NO CANCIONEIRO POPULAR PORTUGUÊS. Circulo de Leitores. (1992). 19,5x27,5 cm. 238 págs.

Primeira edição. Prefácio de José Mattoso.

“Uma viagem aos tempos e modos da relação amorosa — a corte e a conquista, o enamoramento e o amadurecer do amor — através da análise da representação dos olhos, coração e mãos na poesia que anda na voz do povo. Das cantigas de trabalho às cantigas religiosas, das rimas infantis às lengalengas, algumas ingénuas, outras revelando profunda sabedoria, mas sempre cheias de vitalidade, este livro é um contributo inestimável para o conhecimento de um género injustamente esquecido pelos estudiosos da literatura.”




quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Aprendiz de Sherlock Holmes







Aprendiz de Sherlock Holmes


Quando eu tinha 10 anos pedi aos meus pais para me comprarem este livro. Uma delícia! Passado pouco tempo compraram-me o segundo volume :). Nunca os largava, levava-os comigo para todo o lado! Os livrinhos do Inspector Varatojo continham factos interessantissimos acerca de criminosos apanhados com a boca na botija, tinham lições de judo com o Santo, enigmas para resolvermos...

Ontem peguei nos dois volumes e passei um bom bocado a reler mais uma vez aquelas páginas, aquelas explicações e conselhos para o jovem aprendiz de detective que, apesar do passar dos anos, nunca esqueci. Um dos livros ainda tem o preço na capa: 425 escudos.

Se quiserem saber um pouquinho mais sobre Artur Varatojo visitem este site: http://www.esquilo.com/varatojo/abertura.html .

posted by Patsy-Nana


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Major Alvega



'Major Alvega' é uma personagem fictícia, ás da aviação anglo-portuguêsa da RAF (Royal Air Force, a Força Aérea britânica), e herói da série de banda desenhada que fez grande furor nas décadas de 1960 e 1970 em Portugal, aparecendo recorrentemente nas páginas de pequeno formato da revista juvenil "O Falcão".[1]

No título original em inglês tratava-se de "Battler Britton - England's fighting ace of land, sea and air".[1] Battler Britton, criado em 1956 por Mike Butterworth e Geoff Campion, foi protagonista das mais variadas aventuras, todas caracterizadas por muita acção, suspense e um toque de humor, nas quais defrontou (e venceu) alguns dos mais importantes intervenientes da Segunda Guerra Mundial: Rommel, Goering, Hitler e Mussolini.
No entanto, numa época em que a censura (ao serviço de um Estado Novo fervorosamente nacionalista) obrigava todos os heróis do género a figurarem nomes portugueses (e por consequência alguma forma de ascendência lusa), o protagonista seria rebaptizado de Major Jaime Eduardo de Cook e Alvega, um ribatejano por via paterna e inglês por via materna, que teria frequentado os passos da academia Coimbrã enquanto estudante.[1]




segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O Sorriso - Eugenio de Andrade

Entrelinhas - Lobo Antunes

"O Arquipélago da Insónia" de António Lobo Antunes

Paulo Guilherme D'eça Leal 1932 - 2010





Nasceu em Lisboa em 1932. Colaborador regular de quase todos os jornais diários e periódicos de Lisboa, dirigiu gráfica e literariamente vários semanários, publicou mais de cinco mil ilustrações e dezenas de capas de livros e ganhou inúmeros prémios de artes gráficas e publicidade. Dedicou-se intensamente à decoração de algumas casas particulares. Projectou centros comerciais, bancos e restaurantes; entre os seus projectos mais importantes figuram o Banco Pinto e Sotto Mayor, no Porto, O Aeroporto de Lisboa e o Museu do Centro Cultural de Macau em Lisboa.

Realizou inúmeras exposições individuais e tem pinturas, desenhos, tapeçarias e esculturas em dezenas de colecções particulares em Portugal, Angola, Moçambique, Espanha, França, Itália, América do Norte e também no Brasil. Fez ainda diversos selos, moedas e medalhas. É autor de quatro livros, entre os quais um profundo estudo sobre a pirâmide de Quéops e O Segredo, o Poder e a Chave.


Publicações

"O Díluvio de Quéops" (Novas comunicações sobre a antiga ciência egípcia) (1993)

"As sete portas de Arsenise" (romance de 1995)

"Ainda é cedo para ser tarde" (poemas, em 1997)

"Segredo, o poder e a chave" (pesquisa sobre o Mosteiro da Batalha)

"Depressa que o verso foge" (poemas)



Edgar P. Jacobs 1904-1987





Edgard Félix Pierre Jacobs, ou Edgar P. Jacobs, como assina, (Bruxelas, 30 de Março de 1904 - 20 de Fevereiro de 1987), foi um desenhador belga, de banda desenhada. Foi um dos fundadores do movimento cómico europeu, colaborando com Hergé, e criando a série de livros que o tornou famoso, Blake & Mortimer.

Jacobs nasceu em Bruxelas, em 1904, e terá começado a desenhar desde muito pequeno. No entanto, a sua verdadeira paixão eram as artes dramáticas, e a ópera em particular. Em 1919, acabou os seus estudos na escola comercial, por vontade dos seus pais. Paralelamente, continuou a desenhar, e a dedicar-se à música e ao teatro. Trabalhou como decorador, pintor e apoio a cenografia. Em 1929, recebeu a medalha de excelência em canto clássico, atribuída pelo governo belga. No entanto, os tempos que se seguiram foram de crise financeira na comunidade artística belga.

Após uma carreira secundária de cantor barítono, entre 1919 e 1940, com alguns trabalhos de desenho pelo meio, Jacobs decide seguir a carreira de desenhador, elaborando ilustrações, e colaborando na revista Bravo, até 1946. Esta revista foi um sucesso, chegando às 300.000 cópias, em cada edição.

Durante a 2ª Guerra Mundial, a banda desenhada Flash Gordon foi proibida na Bélgica, pelas tropas alemãs, ficando as suas histórias suspensas. Jacobs é convidado a terminar as histórias, mas as forças de ocupação alemãs censuraram o seu trabalho, pouco tempo depois. No seguimento desta proíbição, Jacobs publica o seu primeiro trabalho, O Raio U, na revista Bravo, semelhante às aventuras de Flash Gordon.


Por esta altura, Jacobs encontra-se a pintar os cenários para uma adaptação teatral de Os Charutos do Faraó, de Hergé. Apesar do modesto sucesso da peça, Jacobs conhece Hergé, e tornam-se amigos. Jacobs é convidado para melhorar alguns livros das Aventuras de Tintim como Tintim na África, Tintim na América, O Ceptro de Ottokar ou o O Lóto Azul.

Após esta colaboração inicial, continuou a trabalhar nas histórias de Tintim, tanto no desenho, como no próprio argumento, de O Segredo do Licorne, O Tesouro de Rackham o Terrível, As Sete Bolas de Cristal e O Templo do Sol.
O gosto de Jacobs por ópera, levou-o a convidar Hergé a assistir a vários concertos. Daqui terá surgido a ideia de criar a personagem Bianca Castafiore, das histórias de Tintim. Como agradecimento, Hergé dará o nome de Jacobini, a uma das personagens de O Caso Girassol, que surge ao lado de Castafiore na ópera de Gounod, Fausto, e a um egiptologista, no livro Os Charutos do Faraó.

O Pós-guerraEm 1946, fez parte do grupo fundador da revista Le Journal de Tintim, onde foi publicado o seu trabalho O Segredo do Espadão, em 26 de Setembro, a primeira aventura de Blake & Mortimer.

No ano seguinte, Jacobs sugere a Hergé ter parte dos direitos nas Aventuras de Tintim, mas este recusa, e a sua amizade é posta em causa. Mesmo assim, Hergé continua seu amigo, e os seus trabalhos continuam a ser incluídos na revista Tintim.

Em 1950, Jacobs publica O Mistério da Grande Pirâmide, e muitos outras obras se seguirão.
 De 1970 à actualidadeEm 1970, Jacobs publica o primeiro volume de As 3 Fórmulas do Professor Sato, com a acção passada no Japão.
Em 1973, faz uma nova versão de O Raio U, e escreve a sua autobiografia com o título Un opéra de papier: As memórias de Blake & Mortimer. Segue-se o segundo volume de As 3 Fórmulas do Professor Sato, mas Jacobs morre durante a sua elaboração. Bob de Moor é escolhido para finalizar este trabalho, publicado em 1990.
Em homenagem a Edgar P. Jacobs, foram construídas duas estátuas, uma no Bois des Pauvres, perto de Bruxelas, onde Jacobs tinha uma casa, e outra no seu túmulo, no cemitério de Lasne, também nas imediações da capital belga. Esta última lembra Philip Mortimer, um dos seus personagens.
Em 1971, Jacobs recebeu o Grand Prix Saint-Michel, prémio atribuído pela cidade de Bruxelas, pelo seu trabalho na banda desenhada.

Bibliografia

O Raio U (1943)

2.O Segredo do Espadão, (1947) (3 volumes)

3.O Mistério da Grande Pirâmide, (1950) (2 volumes)

4.A Marca Amarela, (1953)

5.O Enigma da Atlântida, (1955)

6.S.O.S. Meteoros, (1958)

7.A Armadilha Diabólica, (1960)

8.O Caso do Colar, (1965)

9.As 3 Fórmulas do Professor Sato, (1970) (2 volumes; o segundo volume foi finalizado por Bob de Moor, em 1990)