domingo, 11 de novembro de 2012

CAMERATA DE CAJONS

Palmela





Palmela


Palmela é uma bonita vila, sede de concelho, situada na região de Lisboa, na Península de Setúbal, situada num local abençoado pela natureza, bem nos contrafortes da lindíssima Serra da Arrábida, de onde se tem um panorama fenomenal. 

Esta é uma região ocupada pelo Homem desde remotos tempos, que aqui sempre encontrou abrigos naturais, facilidade de comunicação e terrenos férteis. Por aqui passaram Celtas, Fenícios, Romanos e Muçulmanos, tendo sido reconquistada em 1147 pelas tropas do primeiro rei Português, D. Afonso Henriques. Em 1185 o território é doado à Ordem dos Cavaleiros de Santiago. As lutas e batalhas no território estendem-se durante algum tempo, sendo definitivamente reconquistado no reinado de D. Sancho I. 
Em 1443 instala-se no Castelo a Sede da Ordem Religiosa Militar de Santiago de Espada, influenciando toda a vivência da região. 

Palmela é uma vila riquíssima em termos históricos e patrimoniais, com um legado fabuloso e de grande beleza, começando pelo Castelo e todo o seu núcleo museológico que encima a vila e de onde se tem um panorama soberbo, mas também noutros pontos de grande interesse como as Igrejas da Misericórdia (século XVIII) e a de São Pedro, a Capela de S. João Baptista (século XVII), o pitoresco Coreto da Sociedade Filarmónica Humanitária construído em 1924, o bonito edifício dos Paços do Concelho do século XVII, o Pelourinho, classificado como monumento nacional, o magnânime Hospital do Espírito Santo, integrado na Misericórdia e provavelmente seu antecedente, cujo actual edifício data do século XVIII, ou o Chafariz D Maria I do século XVIII considerado durante muitos anos como porta de entrada e símbolo da vila. 

Vale a pena visitar também o Jardim Joaquim José Carvalho, o Cine Teatro São João ou mesmo o interessante Núcleo Museológico do Vinho e da Vinha, instalado na adega da Herdade de Algeruz, dedicado ao património e às vívidas memórias vitivinícolas da região de Palmela. 

De facto, esta é uma importante região vitivinícola, onde se produzem reconhecidos vinhos de mesa de excelente qualidade, bem como afamado Moscatel de Setúbal, celebrados com orgulho, anualmente em Setembro, nas Festas das Vindimas. 

Palmela Cidade Europeia do Vinho 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Homem Perante a Morte









Em 1975, Philippe Ariès publicava em França um pequeno livro, a que chamou Essais sur l’histoire de la mort en Occident. O autor, que desde o início dos anos 60 se lançara como pioneiro solitário à descoberta deste território quase virgem, decidia –dado o recente e extraordinário interesse que o tema da morte suscitava – apresentar em resumo as conclusões a que chegara depois de tantos anos de investigações. Era apenas um esboço de uma grande obra futura. Ei-la finalmente terminada. A atitude do homem perante a morte – e a vida – ao longo de mais de um milénio é o objecto do trabalho monumental deste grande e reconhecido historiador.
Philippe Ariès nasceu em França a 23 de Junho de 1914. Depois dos estudos de História na Sorbona, torna-se especialista das técnicas de informação nas ciências da agricultura tropical, o que não o impede de ser historiador e mesmo de se classificar na primeira fila da sua especialidade. Devem-se-lhe alguns trabalhos importantes, como Histoire des populations française e L’ Enfant et la Vie familiale sous l’ Ancien Régime. Junto com Georges Duby, dirigiu uma grande Histoire de la Vie Privée. Faleceu em 1984.
Título original: L’Homme devant la mort
Tradução: Ana Rabaça
Colecção: Biblioteca Universitária
Pp.: 344
Formato: 15,5 cm x 23 cm
ISBN: 978-972-1-01152-6
Data de Edição (2.ª): Agosto de 2000