sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Alexandre Magno na National Geographic de Outubro

Alexandre e o seu cavalo Bucéfalo num mosaico romano da Casa do Fauno, em Pompeia, datado de 200 a.C.




A batalha de Granico estava no seu momento mais crítico. Frente à cavalaria persa, erguia-se a selva de lanças das tropas macedónicas. O velho Parménio, general experiente, aconselhou Alexandre a não se precipitar numa ofensiva contra as hostes inimigas. Mesmo assim, o soberano arremeteu, temerário, contra os persas, sobre o dorso do seu cavalo. Era então um jovem pujante, que não conhecia o medo. Os seus inimigos reconheciam-no com facilidade devido às longas plumas brancas que adornavam o seu elmo. Combatia sem pensar em si, com paixão e precisão assassina. Pouco depois, um dardo alojou-se numa junta da couraça de Alexandre. Não o feriu, mas o guerreiro ficou desconcertado e dois persas investiram contra ele. Conseguiu esquivar-se do primeiro, enquanto o segundo abordou o cavalo pelo flanco até chegar junto de si, brandindo o machado sobre a sua cabeça. “Rasgou-lhe o penacho e a pluma dos dois lados e, embora o elmo aguentasse o golpe, o fio do alfange tocou nos primeiros cabelos.” Foi com estas palavras que o historiador grego Plutarco descreveu o dramatismo deste episódio decisivo ocorrido no ano de 334 a.C. na sua biografia de Alexandre Magno. Quando o ginete persa se preparava para assestar o segundo golpe, um oficial macedónico chamado Clito, o Negro, antecipou-se e trespassou-o com a lança. Com este gesto, Clito salvou não só a vida do jovem rei macedónico, mas também o seu projecto vital: a conquista e submissão da Ásia.

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