segunda-feira, 16 de abril de 2012

António Pinho Vargas dia 20 de Abril na Amadora









O duplo álbum «Solo II», do compositor e pianista foi distinguido por unanimidade com o Prémio José Afonso 2010, anunciou a Câmara Municipal da Amadora.
O CD, editado em 2009 e que inaugurou a editora discográfica David Ferreira Iniciativas Editoriais, foi o escolhido de um conjunto de 11 finalistas, cuja lista o júri divulgou pela primeira vez.
Segundo nota da autarquia, foram ouvidos «mais de 150 álbuns editados em 2009» dos quais se selecionou um grupo de 11, tendo sido escolhido por unanimidade o de António Pinho Vargas.
Além do álbum de Pinho Vargas foram pré-selecionados os álbuns «Tarab», dos Danças Ocultas, «Hemisférios» dos Dazkarieh, «Meditherraneos», de Luísa Amaro, «Tasca Beat», dos Oquestrada, «A Guitarra Portuguesa e a Universidade de Coimbra», de Paulo Soares, «Um copo de sol», de Pedro Moutinho, «Em'Cantado», de Rão Kyao, «Luminismo», de Ricardo Rocha, «Mãe», de Rodrigo Leão, e «Matriz», de Tereza Salgueiro.
«O duplo CD 'Solo II' representa um ponto alto na carreira de António Pinho Vargas, autor de uma obra ímpar que admite várias influências, entre as quais a de José Afonso, a quem aliás o pianista e compositor homenageia neste disco através da sua visão muito pessoal do tema 'Que amor não me engana'», justificou o júri.
«À qualidade da música junta-se (…) uma produção e gravação extremamente cuidadas e uma interpretação notável do próprio António Pinho Vargas ao piano», lê-se na ata do júri.
O júri foi constituído pelo vereador da cultura da Câmara da Amadora, António Moreira, pela pianista Olga Prats, pelo compositor Sérgio Azevedo e pela chefe da divisão de Intervenção Cultural da Câmara, Vanda Santos.
Fausto, Vitorino, Dulce Pontes, Filipa Pais, Sérgio Godinho e Mafalda Veiga são alguns dos distinguidos com este galardão que é atribuído anualmente.
O prémio tem como «objetivo galardoar um álbum editado no ano anterior ao da atribuição do Prémio e cujos temas tenham como referência a Cultura e a História Portuguesas», referiu a mesma nota.
António Pinho Vargas congratulou-se com a distinção, sobretudo pelo significado «afetivo», tendo em conta o que representa e representou aquele cantor.
«Em Portugal não há muitos prémios no campo musical, e quando há prémios gerais é raro irem parar a músicos, por isso eu fico muito contente, porque qualquer prémio é um ato de apreço, de reconhecimento e de generosidade por parte de quem o dá», afirmou o músico em declarações à Lusa.
Para o compositor, José Afonso era «um homem atento ao mundo», algo que o compositor também tenta ser.
«O mundo mudou e, se calhar, se [José Afonso] não tivesse morrido tão cedo, as posições dele também teriam mudado. Mas a memória que nós guardamos dele é suficientemente bonita, da música, das letras, do papel que teve do ponto de vista simbólico na luta contra o antigo regime anti-democrático. É-me muito grato ter um prémio que se chama José Afonso», afirmou.
SAPO c/ Lusa

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