quarta-feira, 2 de maio de 2012

Amarante




Quem viaja em busca de valores culturais ou de atividades de ar livre e de comunhão com a natureza, como o golfe, a caça, a pesca, ou desportos-aventura como a escalada ou o raft, mais tarde ou mais cedo acaba por fazer de Amarante um destino óbvio. E por construir a sua leitura pessoal da cidade: o religioso, o aristocrático, o peso da serra e do rio...

Lida de uma maneira ou outra, Amarante é uma verdadeira encruzilhada: a sua história, os seus monumentos, as suas tradições. E também uma placa giratória a proporcionar a descoberta das Terras de Basto, de Trás-os-Montes, do Douro, e, um pouco mais ao longe, mas facilitada pelas novas estradas, da própria cidade do Porto.

Descobrir Amarante, a cidade e o concelho, é uma aventura que apetece viver. Se é a natureza que chama, o destino é o rio Tâmega ou são as serras da Abobobeira e do Marão, oferecendo ambas paisagens de sonho e aldeias de gente afável, acolhedora, ricas de tradições e com uma arquitetura marcada de granito e xisto. Travanca do Monte ou Carvalho de Rei, na Aboboreira; Murgido ou Covelo do Monte, no Marão. Mesmo ao lado, é o Parque Natural do Alvão que convida.

PatrimónioSe o apelo é do espírito, então o percurso é feito na cidade, rica de património histórico e cultural. Obrigatórias são as visitas ao mosteiro e igrejas de S. Gonçalo, S. Pedro e S. Domingos, aos museus Amadeo de Souza-Cardoso e de Arte Sacra. E a descoberta dos nomes grandes do concelho, como Amadeo de Souza-Cardoso, um dos maiores expoentes da pintura moderna, ou Teixeira de Pascoaes, que emprestou o seu génio à literatura. Depois, é também imperativo ver o Românico espalhado pelo município e admirar pórticos, arcos, tímpanos e capitéis com toda a sua ornamentação. Podem distinguir-se, em Amarante, dois núcleos de Românico bem diferenciados, um em cada margem do rio. Na margem direita, existem construções mais exuberantes, de que são bons exemplos os mosteiros de Travanca e Freixo de Baixo, as igrejas de Mancelos, Real, Telões e Gatão. Na margem esquerda, com menores recursos económicos e de matéria-prima, os monumentos são mais modestos, merecendo, ainda assim, visita as igrejas de Jazente e Lufrei e o mosteiro de Gondar.

Festas e Romarias

As festas e as romarias mantêm, em Amarante, o melhor da tradição popular e encerram muitas das referências identitárias das gentes do concelho. A título de exemplo, referem-se as que se realizam em honra de S. Gonçalo, no primeiro fim de semana de junho; da Senhora de Moreira, em Ansiães, a 1000 metros de altitude, na primeira quinzena de Agosto; da Senhora do Vau, em Gatão, a 15 do mesmo mês; da Senhora do Leite, em S. Gens, Freixo de Cima, no primeiro fim de semana de Setembro.

Em matéria de gastronomia, em Amarante há que estar atento às carnes, sobretudo à vitela e ao cabrito, mas também ao bacalhau que aqui ganhou nome feito à Zé da Calçada ou à Custódia. E ao vinho verde, que, no concelho, encontra condições únicas de maturação.
A doçaria, sobretudo a conventual, com origem no Convento de Santa Clara, é também uma das referências de Amarante. A oferta é variada: papos d'anjo, foguetes, brisas do Tâmega, lérias...


Por tudo isto, Amarante é, cada vez mais, um destino óbvio.







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