domingo, 24 de julho de 2011

De 4 a 7 de Agosto em Viena.





Viena, durante séculos foi a metrópole de um imenso império, hoje, de certa forma, mantém o estatuto como a grande unificadora das duas Europas: do Ocidente e do Leste. A mistura secular de diferentes povos e culturas tornou-a especialista em relações internacionais. É a única capital europeia onde as Nações Unidas têm quartel-general. Possui um dos mais belos patrimónios arquitectónicos da Europa e tem a reputação de ter a mais intensa vida cultural do velho continente. Cosmopolita por tradição, é uma cidade acolhedora que se orgulha de oferecer o que tem de melhor.
Atravessada pelo célebre rio Danúbio, Viena, com pouco mais de 1,5 milhões de habitantes e uma área de 415 km2, é a dinâmica capital da Áustria. Em pleno coração da Europa Central, esta é a cidade onde o Oeste e o Leste se encontram. Uma estratégica situação geográfica que sempre foi disputada pelos mais diferentes povos ao longo da história. A diversidade de tribos, raças e nacionalidades que por ela passaram deram-lhe uma riqueza cultural única e a tradição de cidade cosmopolita.
Orgulhosa do seu passado, Viena é um museu ao ar livre, imaculadamente preservado. Lady Mary Worthley Montagu escreveu em 1716: “A cidade é muito grande e quase completamente composta por deliciosos palácios”. Hoje, Viena pode não parecer tão grande, mas esses “deliciosos” palácios continuam a ser o seu maior cartão de visita.
É por entre cenários fantásticos que a vida corre intensa, sobretudo nos típicos cafés, que se multiplicam pela cidade. São os lugares ideais para conhecer na intimidade a cultura vienense e também para experimentar a famosa doçaria. A sua rica e variada gastronomia também já se tornou célebre além-fronteiras, assim como a saborosa cerveja e os excelentes vinhos, especialmente os brancos.
O maior símbolo de Viena é a sua intensa vida cultural. Ao longo do ano, a agenda cultural não só é diversificada como também de excelente qualidade, especialmente na música. Afinal, a cidade é a pátria de grandes nomes da música clássica: Mozart, Shubert e Beethoven são apenas alguns de uma lista invejável.
Por causa da sua estratégica posição no coração da Europa Central, Viena foi a jóia da coroa de uma multiplicidade de conquistadores. Entre os primeiros, contam-se os celtas, os romanos e os bárbaros. No século X, são os Babenberg que ocupam Viena, e ao longo de três séculos a cidade torna-se um importante centro comercial.
A partir do século XIII, Viena torna-se a capital do vasto império Habsburgo. Durante séculos é um notável centro cultural, famoso pelos seus belos palácios. No século XIX, era a quarta maior cidade do mundo e a capital de uma nação de 55 milhões de habitantes.
A Primeira Grande Guerra marca o fim do império Habsburgo. A Áustria é anexada à Alemanha Nazi em 1938 e, depois da derrota de Hitler, submete-se ao controlo dos Aliados. O país reconquista a sua independência em 1955.
Durante a Guerra Fria, Viena não é mais que a distante fronteira com o Leste. Neste período negro, Leste e Ocidente disputam a primazia pelo mundo e Viena revela a sua capacidade diplomática. Torna-se a anfitriã dos grandes momentos da História, nomeadamente, do encontro entre Khrushchev e Kennedy. Ao longo do século XX, o seu papel como mediador internacional ganha ainda maior influência.
Em 1979, as Nações Unidas fundam em Viena o seu terceiro quartel-general, o único numa capital europeia. Com o fim da União Soviética, Viena deixa de ser o extremo do mundo Ocidental para se assumir geograficamente e diplomaticamente como o ponto de convergência das duas Europas.

Ouvir Mozart
Costuma-se dizer que em Viena, a qualquer altura do dia ou da noite, há sempre alguém algures a tocar a música de Mozart. Podemos ouvi-la num teatro de ópera, numa igreja, num festival, num concerto ao ar-livre ou, melhor ainda, num café “belle époque”, executada por uma orquestra húngara. São inúmeras as alternativas, e também muito agradáveis, para apreciar Mozart na cidade que o idolatra.

Atravessar o Danúbio
Johann Strauss foi muito poético quando apelidou o Danúbio de “Azul”. Na verdade, a sua cor aproxima-se mais de um verde lamacento. De qualquer forma, é um dos cartões de visita da cidade e merece uma visita atenta. A legendária companhia DDSG organiza viagens de barco de um dia a preços convidativos. Durante o passeio, há sempre a oportunidade de apreciar algumas das mais famosas panorâmicas da Áustria Ocidental, incluindo as magníficas vilas de Krems e Melk.

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