terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Abade Corrêa da Serra um ilustre filho de Serpa, cidadão do mundo.




Passear pelas ruas de Serpa, e dar com a casa onde nasceu o Abade Corrêa da Serra.
O abade José Francisco Correia da Serra (6 de Junho de 1750, Serpa11 de Setembro de 1823, Caldas da Rainha) foi um cientista português. Investigou designadamente nas áreas da botânica e geologia. Foi fundador da Academia das Ciências de Lisboa.
De grande prestígio intelectual, conviveu com os grandes cientistas da sua época. Publicou valiosos trabalhos nas mais conceituadas revistas. Tinha também uma grande convivência com o
presidente americano da altura Thomas Jefferson.
Correia da Serra foi dos primeiros cientistas portugueses a introduzir em Portugal o prestígio necessário para que o aumento da actividade científica dentro do país se acentuasse.
Correia da Serra fez inúmeras investigações no ramo da
Botânica e da Paleontologia, tendo na sua bibliografia publicações prestigiadas para a sua época, tais como Philosophical Transactions, da Royal Society. O método de anatomia comparada (aplicando termos de classificação da Zoologia para a Botânica) que Abade Serra adoptou, permitiu que este agrupasse plantas em famílias (logo foi uma das personagens que introduziu a sistemática nas plantas), trabalho que foi aprofundado mais tarde por Candolle. Para além disso, Abade Serra participou num dos mais relevantes estudos da época, com os seus trabalhos no ramo da Carpologia, auxiliando no conhecimento das características funcionais e estruturais das plantas, e logo na sua classificação.
Não desvalorizando os seus trabalhos nas áreas da Botânica, Zoologia e
Geologia, o seu principal contributo para a Biologia (e todas as áreas científicas) em Portugal foi a fundação da Academia das Ciências de Lisboa, em conjunto com o Duque de Lafões.
Abade Correia da Serra ocupou o cargo de Secretário da Academia, e, aplicando todo o conhecimento que possuía do exterior, auxiliou o país a desenvolver a investigação científica. Sem a sua intervenção, Portugal teria ficado um passo atrás da Europa no que diz respeito à estimulação da mentalidade científica .

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