terça-feira, 14 de dezembro de 2010

DA CEGUEIRA À LUCIDEZ


JOSÉ SARAMAGO - DA CEGUEIRA À LUCIDEZ

António José Borges


Uma obra literária através da qual o autor procura revelar os verdadeiros objectivos da obra de José Saramago, nos limites do percurso ideológico e literário entre o Ensaio sobre a Cegueira e o Ensaio sobre a Lucidez, passando por Todos os Nomes, A Caverna e O Homem Duplicado.

Prefácio de Miguel Real
Posfácio de Elsa Rodrigues dos Santos

«(...) António José Borges aduz um conjunto de argumentos (...), acrescentando, assim, uma nova luz ao esclarecimento das múltiplas perspectivas estéticas por que se tem enquadrado a obra de José Saramago.
(...) O romance ganha em José Saramago um estatuto ensaístico de permanente inquirição e abertura de horizontes culturais, segundo interrogações radicais de carácter filosófico (a questão de Deus, a questão civilizacional do capitalismo, a questão da identidade do eu…), que desafiam, senão subvertem, o paradigma conceptual por que habitualmente interpretamos o mundo, forçando o romance a tornar-se, mais do que a narrativa de uma história, um inquiridor das regras e dos modelos do acto instaurador da palavra.»

Miguel Real
in Prefácio

«Além de aprofundar as motivações do texto, numa análise muito rica, levando o leitor a novos caminhos de interpretação, [o autor] desvenda a essência humanista de
Saramago coadjuvado por textos seus paralelos (diários, entrevistas e artigos), como dos seus dados biográficos, em que Lanzarote foi pedra basilar.
Na defesa da tese da existência de um percurso ideológico e literário dentro dos parâmetros já referidos, António José Borges selecciona três aspectos como os mais relevantes: O tratamento da religião e mais concretamente o papel de Deus, o discurso aforístico (nomeadamente os ditados populares), o papel do cão nos seus romances deste período.»

Elsa Rodrigues dos Santos
in Posfácio

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